
Passaram quatro meses e meio desde que Zulmira Ferreira perdeu o seu único filho, Eduardo, de 42 anos, conhecido como o DJ Eddie Ferrer, que sofreu um aneurisma quando viajava e ficou hospitalizado na Turquia. Só agora, diz a comentadora televisiva, é que se sente a cair na realidade.
“Sempre achei que ele ia entrar pela minha porta a qualquer altura e só agora começo a perceber que isso não vai acontecer. Para mim, ele está sempre comigo e nem quero pensar de outra maneira. As memórias que tenho dele é que me dão força e fazem com que me sinta bem. É uma dor sem tamanho nem fim.”
“É com muito esforço que aqui estou, mas tento não estar sempre fechada em casa.”
A ausência do marido, o treinador Jesualdo Ferreira, que está em processo de rescindir o contrato com o clube egípcio Zamalek, tem sido “muito difícil de suportar”, confessa. “Ele foi-se embora no dia a seguir ao velório e não voltámos a estar juntos. Tento compreender que a profissão dele é assim, mas nesta altura da minha vida está a ser complicado aceitar. Estar sozinha machuca-me muito. Preciso muito dele ao meu lado e estou desejosa de que regresse.” De sorriso tenso e uma emoção constante em cada palavra, Zulmira, com quem conversámos por ocasião do concerto de Tony Carreira no Casino Estoril, assume que tem feito todos os esforços para prosseguir com a sua vida: “É com muito esforço que estou aqui, mas tento não estar sempre fechada em casa. Esses são os meus momentos mais terríveis. Está a ser muito difícil e sei que nunca mais vou ser quem era, mas sei que tenho de fazer alguns esforços. O meu filho também quereria isso.”