As revelações de Ana Obregón no livro que escreveu com o filho. “El chico de las musarañas” já se encontra à venda e, tal como prometido, trata-se de “uma história para inspirar e apreciar este maravilhoso presente chamado ‘vida’”, iniciada por Aless, que faleceu em 2020, vítima de cancro, e terminada pela atriz.
Ora, o livro começa com referência a uma data que Ana Obregón nunca mais esquecerá: 23 de março de 2018, o dia em que o filho recebeu o diagnóstico que lhe viria a roubar a vida. “Mamã, morro de dor, vou às urgências“, terá dito Aless à mãe, antes de lhe ser descoberto um tumor maligno raro e agressivo, com 10 centímetros e muito mau prognóstico.
Pouco mais de dois anos depois, a 13 de maio de 2020, Aless perdia a batalha contra a doença. Dias antes, comunicava aos pais o seu último desejo. “Mamã, papá, se me acontecer alguma coisa, lembrem-se da amostra que deixei no laboratório de Nova Iorque. Quero ter filhos, mesmo que já não esteja cá. É a minha vontade. Prometam-me que o vão fazer, por favor“, pode ler-se, no livro.
Ana Obregón relata que guardou secretamente o testamento do filho, bem como esse pacto que tinham feito dias antes da sua morte. “Prometi-te que te salvaria e não pude cumpri-lo. Jurei-te no hospital que cumpriria a tua última vontade e esse milagre tornou-se realidade“, escreve, referindo-se à neta, Ana Sandra, nascida a 20 de março de 2023, através de barriga de aluguer.
A dor da morte do filho
Ao longo das páginas da obra, a atriz revela ainda como reagiu à morte do filho. “Saí para a varanda. Um sétimo andar, a decisão era firme. Debrucei-me sobre o corrimão que não era muito elevado. Saltar para o abismo era a minha única opção para continuar a viver“, recorda.
Nesse momento, terá sido o ex-companheiro e pai do jovem, Alessandro Lequio, a salvá-la, ao recordá-la do pedido do filho: “Ana, por amor de Deus, abre a porta. Tens algo importante a fazer. Lembras-te do que nos pediu o Aless, a sua última vontade?”.
