
Mais uma mulher de exceção, que pode inspirar as novas gerações, Maria Manuel Mota, de 51 anos, recebeu um dos prémios As 25 Mulheres Mais Influentes de Portugal e referiu a importância que este tem para ela. “Sinto-me muito honrada, mas, acima tudo, fico feliz por ver a ciência representada na influência que as mulheres têm na nossa sociedade. A pandemia mostrou-nos que a ciência é fundamental e o é em todos os problemas de saúde que existem no mundo”, justifica.
Cientista, referência mundial no estudo da malária e diretora do Instituto de Medicina Molecular, Maria Manuel luta por uma sociedade mais igualitária e explica porquê: “Instituições que nos seus órgãos de poder têm mais diversidade são menos problemáticas. Muitas vezes, assuntos como o assédio, o bullying, são questões de poder e de um poder que é monopolizador, que permite o encobrimento. Se for mais diversificada, a sociedade será mais interessante, as instituições mais justas e vamos todos viver mais felizes.”
“A pandemia mostrou-nos que a ciência é fundamental e o é em todos os problemas de saúde do mundo”
Com uma vida profissional frenética e cerca de 600 pessoas para dirigir, a cientista também controla bem o seu lado pessoal “Há sempre tempo para a família. Já tenho as minhas filhas crescidas, uma vai fazer 21 anos, a outra tem 16. Consegui fazer isto porque ponho tudo em esferas separadas. A minha vida é organizada”, resumiu.