Cada vez mais em paz consigo mesma, Margarida Moreira, de 47 anos, é o exemplo de quem não tem medo de encarar de frente a sua essência e os seus sentimentos. Algo fundamental para ela, mas também para o seu trabalho enquanto atriz. “Há alguns anos que comecei a virar-me mais para dentro e tenho percebido que quem não o faz está a perder uma boa parte da beleza do mundo e do que é mais importante. Muita gente chega a uma fase da vida em que questiona quem é. Quanto mais estivermos em conexão connosco próprios, mais descobrimos quem somos. E essa descoberta dá-nos muita paz, mesmo que por vezes seja uma paz que advém de um percurso de dor e de tristeza. As pessoas não querem sentir isso, pelo que fogem”, defende.
“As pessoas andam à procura de muita coisa, estão sempre prontas para ir e perdem o essencial: o estar e o ser.”
Margarida optou por não fugir de si mesma, independentemente da dor que possa ter enfrentado, e sente-se hoje muito bem resolvida. “O meu bem-estar hoje passa primeiro por me sentir bem comigo própria, e isso significa estar em conexão com o que eu sou, independentemente de estar mal ou bem. Depois, é estarmos com os nossos. As pessoas andam à procura de muita coisa, estão sempre prontas para ir e perdem o essencial, que é o estar e o ser”, acredita a atriz, que foi uma das convidadas para a inauguração da primeira loja da Pepco em Portugal. Nesta ocasião, Margarida, que está a preparar uma peça de teatro para a reabertura do Teatro Turim, contou à CARAS os seus hábitos de consumo: “Já fui mais consumista. Acho que muitas vezes o consumismo desenfreado reflete a procura de algo, a necessidade de estarmos bem. Tenho pensado muito nisso e acredito que menos é mais.”