Diana de Cadaval é uma apaixonada por mulheres que marcaram o tempo em que viveram, e depois da reedição de Eu, Maria Pia, lançou agora a sua sexta obra, Sissi – Isabel, a Imperatriz Rebelde, que apresentou no Grémio Literário, em Lisboa, perante uma plateia de amigos e familiares. “Fascina-me perceber o desempenho de cada mulher no seu enquadramento histórico e Sissi era uma mulher livre, cuja vida mudou quando se tornou imperatriz. E viveu uma bonita história de amor, mas a sua felicidade era encontrada longe da corte, nos seus passeios a cavalo e nas suas viagens. Depois tinha de voltar às suas funções na corte, que a faziam sentir-se muito oprimida. Sissi acompanhou a minha vida ao longo destes últimos dois anos e adorei todo este tempo em que ‘vivemos juntas’, pois acredito que era uma mulher de muita coragem, que ultrapassou os seus momentos difíceis. Ironia da vida, diz-se que foi assassinada em Genebra, cidade onde nasci, e cá estou eu para contar a sua história”, revelou-nos a autora no final da apresentação.
“Sissi acompanhou a minha vida ao longo destes últimos dois anos e adorei este tempo em que ‘vivemos juntas’.” (Diana)
O livro foi dedicado à filha, Isabella, de 11 anos – fruto do seu casamento já terminado com Charles-Philippe d’Orléans –, com um objetivo específico: “Espero que este livro seja uma inspiração para todas as mulheres, mas sobretudo para que as meninas, como a minha filha, que não estejam apenas fechadas no seu mundo e tenham noção da importância que as mulheres que as antecederam tiveram na história mundial e que isso as ajude na formação das suas personalidades e do seu caminho. Para que acreditem no poder e na força que as mulheres têm para ultrapassar todos os obstáculos e alcançar os seus objetivos.”
Na plateia, atenta e orgulhosa, estava a duquesa Claudine de Cadaval, mãe de Diana. “A Diana é uma mulher maravilhosa e muito lutadora, à semelhança de Sissi. Tenho muito orgulho nela e em tudo o que tem feito na sua vida”, assumiu. Cristina Esteves, jornalista da RTP e amiga da autora, que contou que planeava oferecer o livro a uma das filhas, Sofia, de 20 anos: “A história é cíclica e, independentemente dos séculos em que estejamos, as circunstâncias obrigam-nos a mudar e a moldar a nossa personalidade. Acho que este livro é ótimo para a minha filha, que está a meio de um curso superior e que por vezes tem dúvidas. Mostra que nem sempre devemos pensar em desistir, mas sim em ir em frente.”
Fotos: Luís Coelho