Sempre quis representar, mas, por insistência dos pais, candidatou-se à faculdade e entrou em Matemática Aplicada. Frequentou um semestre, no segundo quase não foi às aulas. Sara Sampaio tinha vencido o concurso Cabelo Pantene, o que lhe abriu as portas para um mundo com o qual nunca sonhou, o da moda, e já viajava entre Londres e Paris. Mais tarde conquistou o mercado norte-americano, instalou-se em Nova Iorque e depois em Los Angeles, onde vive atualmente. Em 2013, após duas tentativas falhadas, foi a primeira portuguesa a fazer parte do icónico desfile da Victoria’s Secret. Estava mais do que lançada e nem o seu 1,72 m de altura a impediu de somar sucessos. Desfilou nas principais capitais da moda para designers e marcas consagradas, fez capa para as mais conceituadas revistas, foi considerada revelação do ano pela Sports Illustrated e por cá ganhou seis Globos de Ouro. No entanto, o bichinho de ser atriz continuava a inquietá-la.
Em 2018 estreou-se como atriz no filme Carga, seguiram-se outras participações em longas-metragens e mais recentemente gravou Billy Knight, com Al Pacino. Agora, une a estas facetas a de mulher de negócios: é investidora e chief innovation officer da Phunk, marca de bebidas hard seltzer, que combinam água com gás aromatizada e uma bebida alcoólica. E foi precisamente para lançar os três novos sabores da “sua” Phunk, que tem por base tequila, que Sara Sampaio esteve em Portugal. Foi nessa altura que conseguimos marcar encontro com a manequim, de 32 anos. Falámos da desmistificação do corpo perfeito, de saúde mental – recorde-se que a modelo assumiu sofrer de ansiedade e ataques de pânico, que a levaram a procurar ajuda especializada – e do desejo de ser mãe, embora a sua relação com o produtor americano Zac Frognowski tenha terminado.