
Foi a 29 de dezembro de 2020, em Paris, que morreu aquele que é considerado um dos estilistas mais visionários da década de setenta, aos 98 anos. Dois anos depois da sua morte, os herdeiros de Pierre Cardin não se entendem quanto à divisão da fortuna que este deixou.
Tendo em conta que Cardin não teve filhos, a sua herança milionária ficou para os seus sobrinhos netos, que, até hoje, ainda não foram capazes de a dividir pacificamente. Estes ter-se-ão “separado”: por um lado, estão as sobrinhas netas do estilista e, por outro, está o seu sobrinho neto, Rodrigo Basilicati-Cardin, com objetivos diferentes.
O primeiro “grupo” pretende que a empresa do tio seja vendida, ao contrário de Rodrigo, que exerce o cargo de presidente do grupo desde 2020. E o motivo pelo qual as sobrinhas pretendem a liquidação do grupo é por considerarem que está a haver uma “tentativa de roubo de herança“. Já o sobrinho do estilista pretende “respeitar a sua vontade, preservar o seu império e defender a sua imagem“.
Em causa estará um património que pode chegar até aos 800 milhões de euros, tendo em conta as propostas de compra recebidas, indicadas à AFP pelo advogado das sobrinhas do estilista. Além da empresa, Cardin deixou alguns imóveis, a maioria em Paris e no sul de França.
Enquanto as sobrinhas de Pierre Cardin acusam o primo de “manobras duvidosas e eventualmente fraudulentas“, Rodrigo garante ter encontrado um testamento do tio, no qual era nomeado único herdeiro. As sobrinhas do estilista duvidam da autenticidade do documento e já foi aberta uma investigação pelas autoridades de Paris para determinar a mesma.