Woody Allen não é a pessoa mais unânime do cinema e sobre ele paira uma nuvem de dúvidas que o persegue desde que a sua ex-mulher, Mia Farrow, o acusou de apalpar sexualmente a filha adotiva de ambos, Dylan, quando esta tinha sete anos. Embora estas acusações nunca tenham sido provadas, foram feitas depois de Mia ter encontrado fotografias de Soon-Yi, filha adotiva da atriz, onde surgia nua. Estas fotografias teriam sido tiradas por Woody Allen e foram encontradas no seu apartamento.
Na altura, a jovem, de origem coreana, tinha 21 anos e o cineasta 56. Os dois casaram-se em 1997 e estão juntos até hoje. Contudo, as posições de Allen nunca o ilibaram totalmente dos seus atos, bem pelo contrário. Por isso mesmo, foi vaiado em Veneza, quando pisava a passadeira vermelha do Festival Internacional de Cinema, mas mesmo assim não se coibiu de dizer o que pensava em relação a Luis Rubiales e a Jenni Hermoso.
Na verdade, Woody Allen saiu em defesa do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, dizendo em declarações ao jornal El Mundo: “Não há nada de errado num beijo. A primeira coisa em que pensei foi que ele não a beijou num canto às escondidas. Não a estava a violar, foi apenas um beijo a uma amiga. Independentemente do que aconteceu, é difícil entender que possa perder o seu emprego por dar um beijo a alguém. Se foi inapropriado ou agressivo, há que dizer-lhe para não voltar a fazê-lo e para pedir desculpa. Não assassinou ninguém, mas pode perder tudo”.
Quando confrontado com o facto do beijo não ter tido o consentimento de Jenni Hermoso, o realizador atirou: “É verdade, mas foi algo feito em público. Não a beijou no escritório, à porta fechada, ou algo assim. Ela tem todo o direito de dizer que não queria e ele deveria pedir desculpa e garantir que não o volta a fazer”.