Foi no passado domingo que Rodolfo Sancho aterrou na Tailândia para, pela primeira vez, visitar o filho, Daniel Sancho, na prisão, onde este se encontra preso preventivamente pelo homicídio confesso de Edwin Arrieta Arteaga, cirurgião plástico com quem mantinha uma relação secreta. Até agora, o famoso ator espanhol tinha apenas pedido respeito e compreensão em relação a tudo o que a sua família está a viver. Contudo, depois de ter estado três horas dentro da prisão da ilha de Koh Samui, Rodolfo Sancho quebra o silêncio e fala pela primeira vez desde a detenção do seu filho.
“Acreditamos na justiça e na forma como funcionam as coisas. O meu filho ama profundamente este país, a sua cultura e as pessoas, por isso é que vinha cá tantas vezes. Quero agradecer o apoio de toda a gente. Recebo mensagens de apoio todos os dias”, admitiu o ator, explicando que estão à espera do relatório do Ministério Público e que, até esse momento, não há muito mais que possam fazer. Enquanto falava com a imprensa, Rodolfo Sancho mudou o tom para se dirigir aos órgãos de comunicação que, segundo ele, não têm tido um comportamento respeitável. “Aos que acreditam que ando a chorar pelos cantos, esse não sou eu. Há duas formas de encararmos as coisas que nos surgem: ou como uma desgraça ou como um desafio. E não vão conseguir ver-me a chorar”, assegurou.
No dia seguinte, já mais calmo, o ator tentou explicar o porquê de ter dito o que disse: “Como podem imaginar, ontem passei por um momento difícil. Talvez tenha passado uma imagem muito dura e arrogante. Sabem que sempre sorri para a imprensa, mas esse tem sido um mecanismo de defesa para me sentir forte e poder ajudar o meu filho. Gostava só de esclarecer isso. Nunca quis parecer arrogante ou frio”.
Sabe-se agora que Daniel Sancho agrediu Edwin depois de lhe dizer que já não queria continuar a ter relações sexuais com o cirurgião plástico. Deu-lhe um murro no maxilar e encostou-o à sanita, mas Edwin agarrou Daniel e mordeu-o. Terá sido nesta altura que o chef bateu novamente no médico, deixando-o inconsciente. Com a casa de banho cheia de sangue, Daniel Sancho disse à polícia que colocou o corpo de Edwin Arrieta no chuveiro, virando-o de pernas para o ar, tendo sido aí que o começou a desmembrar pela mão. “Liguei a água quente na temperatura máxima para que o sangue não coagulasse”, disse à polícia.