Não há como ficar indiferente às duras confissões de Jada Pinkett sobre a sua saúde mental, no livro de memórias que a atriz se prepara para lançar no próximo dia 17 de outubro, Worthy. Aos 52 anos, a mulher de Will Smith confessa que passou por uma fase bastante desafiante quando tinha apenas 40.
Apesar de ter uma vida, aparentemente perfeita, a atriz revela ter sofrido com depressão. “No papel, parecia tudo incrível: tinha uma família linda, um marido super famoso, um estilo de vida de luxo, fama e fortuna”, explicou, a dada altura, num excerto do livro publicado pela revista People.
Logo depois, Jada garantiu que nada daquilo lhe trouxe felicidade. Naquele período, diz, “tinha caído no desespero e queria cada vez menos estar nesta terra“. Além disso, confessa: “Durante duas décadas, fingi estar bem, deixava-me levar e dizia a todos que estava bem. Contudo, sofria com ataques de depressão e desesperança“, referindo-se à depressão severa que sofreu.
Em seguida, a artista revela um dos sentimentos que mais a marcou naquele período difícil: “Os sentimentos de não merecer amor fizeram com que fosse mais difícil compreender a desconexão entre a chamada vida perfeita que tinha conseguido e o poço de perda que trazia comigo”.
O diagnóstico de Jada Pinkett
“A terapia ajudou-me até certo ponto. Levou-me aos 40!“, admitiu, posteriormente. Ainda assim, questiona: “Mas com que fim?“. Jada continua, explicando que acabou por receber um diagnóstico, mais tarde: “Diagnosticaram-me com um trauma complexo com transtorno de stress pós-traumático e dissociação, mas, sem esta indicação, eu era um desastre crónico sem solução, sem possibilidade de cura”.
A atriz continuou: “Cada manhã, acordar era como caminhar sobre a mesa da desgraça: será que chegaria às quatro da tarde? Se conseguisse, tinha sobrevivido a esse dia. Queria sempre dormir, mas nunca dormi bem. Os meus filhos conseguiam fazer-me sorrir e eram a minha única motivação para seguir em frente, mas sentia cada vez mais que perdia a conexão com eles“.
A atriz refere ainda que procurou ajuda em diversos lugares “desde reuniões de deusas, retiros de yoga silenciosos, viajar sozinha com uma mochila, estudar todas as religiões“. Ainda assim, diz que nada do que tentou lhe ofereceu uma solução duradoura.
A piorar toda a situação, estava o facto de Pinkett e o marido atravessarem uma fase difícil no casamento. “Não podíamos ouvir-nos ou ver-nos de todo“, revelou, garantindo que tal contribuiu para a sua falta de vontade de viver. Nessa altura, em 2011, num estado de desespero tal, a artista começou a traçar o caminho para a própria recuperação.