
Os 40 anos feitos recentemente assentam na perfeição a Margarida Vila-Nova, que depois de uma longa pausa nas novelas, feita por vontade própria, para se poder dedicar a outras áreas da representação, está de regresso em Papel Principal. Perante o desafio que é a personagem Lúcia, a atriz não hesitou em aceitar. “Há projetos que surgem na altura certa e no momento certo, há personagens que nos escolhem e a Lúcia escolheu-me. Se calhar, há cinco anos não estava preparada para fazer esta personagem. À data de hoje, este convite tornou-se irrecusável, até porque estou ao lado de uma superequipa e de atores muito talentosos”, disse na apresentação da produção, sublinhando ainda o quanto a encanta entrar na pele da má da fita. “Fazer uma vilã é um desafio gigante e se há coisa de que gosto é poder viver outras vidas que não a minha.”
“Tenho a sorte de fazer o que gosto. Nem toda a gente tem as mesmas oportunidades de cumprir os seus sonhos.”
Tendo como ponto de partida a personagem, uma jovem que não consegue ser atriz, Margarida relembrou a sorte que tem por poder desempenhar a profissão que escolheu. “À Lúcia foram-lhe roubados os sonhos. Há aqui uma ideia da procura de justiça da parte de alguém que ficou realmente magoado. Eu tenho a sorte de fazer o que gosto. Nem toda a gente tem as mesmas oportunidades de cumprir os seus sonhos, portanto, quando olhei para esta personagem e percebi o dilema, pensei logo nesta questão. Ela tem um lado de sobrevivente que é indiscutível.”