Passaram três semanas desde o início da guerra em Israel, mas só agora a modelo Bella Hadid quebra o silêncio. A manequim usou as redes sociais para escrever um longo desabafo. Pelo meio, assume sentir-se em perigo.
O pai da manequim, Mohamed Hadid, nasceu em Nazaré, em 1948 – o mesmo ano em que 750.000 palestinianos foram desalojados – e a família foi forçada a tornar-se refugiada.
Desde que se intensificou o conflito, no dia 7 de outubro de 2023, que um pouco por todo o mundo se sucedem atos de terror contra palestinianos e judeus. Hadid fala disso e diz que também ela e a família têm recebido “centenas de ameaças de morte diariamente” e que se tem sentido “em perigo”. No entanto, recusa-se a ser “silenciada por mais tempo”.
Hadid não deixa de olhar para o outro lado com compaixão: “choro pelas famílias israelitas que têm lidado com a dor e as consequências. Independentemente da história do país, condeno os ataques terroristas contra qualquer civil, em qualquer lugar. Fazer mal a mulheres e crianças e infligir terror não faz, e não deve fazer, nada de bom para o movimento Palestina Livre”.
Ainda assim, a supermodelo explicou porque é que defende o movimento Palestina Livre .
“É importante compreender as dificuldades do que é ser palestiniano, num mundo que nos vê apenas como terroristas que resistem à paz. É prejudicial, é vergonhoso e é categoricamente falso. A minha família testemunhou 75 anos de violência contra o povo palestiniano – sobretudo invasões brutais de colonos que levaram à destruição de comunidades inteiras, a assassinatos a sangue frio e à remoção forçada de famílias das suas casas. A prática dos colonatos em terras palestinianas continua até hoje.”
Ainda assim, Bella vê um futuro em que todas as pessoas podem “estar juntas na defesa da humanidade e da compaixão” contra governos “amigos” da corrupção, independentemente do lado em que vivam. “Somos um só, e Deus criou-nos todos iguais. Todos os derramamentos de sangue, lágrimas e corpos devem ser lamentados com o mesmo respeito.”
E termina com: “Estou ao lado da humanidade, sabendo que a paz e a segurança nos pertencem.”