
Cuida da imagem, mas sem ser escrava de tratamentos nem cirurgias. Raquel Prates, de 47 anos, tem uma rotina diária consistente com a pele e por vezes faz alguns tratamentos ligeiros, pouco invasivos, adequados à sua faixa etária, para não correr o risco de alterar a expressão facial. Recorre à toxina botulínica (aplicação de injeções que bloqueiam o impulso nervoso dos músculos e que diminuem temporariamente o enrugamento da pele) na Clínica MyMoment e, pelo menos por enquanto, é o suficiente para se sentir bem na sua pele, literalmente.
– Sempre teve cuidados com a pele?
Raquel Prates – Aprendi cedo a observar a minha mãe. E faz uma diferença enorme quando o cuidado com a pele faz parte das rotinas diárias de alguém que está perto de nós, com quem vivemos e que nos educa. A minha mãe é a minha principal referência feminina até hoje. Por isso sempre existiu da minha parte uma maior atenção à questão estética, com a típica liberdade dos anos 80. Não senti como uma regra, era mais um cuidado básico diário. Um mimo, talvez. Uma das poucas questões negativas (e também típicas da época) foi a minha enorme paixão pelo sol. O facto de a minha pele bronzear facilmente, sem escaldões, fez com que me expusesse aos raios solares com grande regularidade.
– A preocupação que tem com a imagem vem desde sempre ou foi um crescendo?
– Essa preocupação com a imagem começou quando eu tinha 17 anos, quando comecei a trabalhar em televisão, na SIC, no programa Portugal Radical. Foi a primeira vez que senti a responsabilidade de ser um “exemplo” para as camadas mais jovens. Na altura, quando o programa lançou a sua primeira linha de roupa, eu estava num trabalho e percebi que muitas raparigas tinham o meu estilo como uma referência. Para mim é inerente à imagem e às questões comportamentais/sociais. É um todo. Só assim faz sentido. O resto, e quem tenta sobreviver sem essência, é só um embrulho. E muitas vezes mal feito [risos].
– A partir de que idade começou a ter atenção ao rosto, especificamente? Começou cedo ou só quando viu a primeira ruga?
– Pelo facto de começar a trabalhar em televisão e em moda num Portugal que estava no início de uma exploração mais livre e criativa nestas áreas, tive sempre uma maior atenção ao rosto/expressões faciais. Até porque não tenho um tipo de beleza que se possa considerar consensual. Felizmente! Claro que sei do que gosto mais e menos em mim. E há dias e dias. Como com todas as pessoas, mulheres e homens.

– Que tratamentos é que faz?
– Tive a sorte de encontrar um trio de profissionais (e amigos) que acompanham de perto a minha pele na Clínica MyMoment: a Dr.ª Sofia Borges, que é dermatologista, o Dr. Nuno Fradinho e o Dr. Nuno Maria, cirurgiões plásticos. Sinto-me confiante com a filosofia desta equipa, em que “menos é mais”: conseguem ótimos resultados, apropriados para a minha idade e filosofia, de forma segura e sem abusos. A toxina botulínica faz milagres. É uma substância que alivia a contração constante dos músculos que provocam rugas na testa, os “pés de galinha” e entre as sobrancelhas. E, contrariamente ao que se possa imaginar, quando bem aplicada não nos retira nem altera a expressividade do olhar. Apesar de ainda existirem alguns mitos sobre a toxina botulínica, é largamente utilizada em todo o mundo, não só em estética, mas no controlo de sintomas de algumas doenças. Pontualmente, também já fiz um pouco de preenchimento com ácido hialurónico numa ou noutra ruga, mas esta equipa realmente não me deixa ir um “milímetro” além do que acha necessário. Dizem-me que sou (quase) perfeita assim… e quem sou eu para desdizer [risos]?
– Não tem então receio de pecar pelo exagero.
– Nada. Por vezes, vemos e sabemos de pessoas que destroem a imagem e a autoestima com tratamentos realizados por profissionais pouco ou nada qualificados (até cabeleireiros e esteticistas) e que depois pode não ser possível corrigir. Há uma mensagem passada recorrentemente pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica e pela Ordem dos Médicos que sublinho: as pessoas devem fazer o trabalho de casa e procurar a certificação dos médicos na área da estética. É prioritário.

“Procuro o que nos difere”
“Muitas vezes ‘perdi’ trabalhos pelas minhas características físicas, a que nunca renunciei. Esta pressão de que todos falam atualmente já tem muitos anos. Não é novidade e na realidade nunca me incomodou, honestamente. A minha forma de estar e ser sempre foi prioritária, e hoje considero que mesmo a nível estético há uma tendência tóxica para querer agradar a um molde social. Respeito, não julgo, mas não sou assim, e procuro o que nos diferencie. Gosto particularmente das designadas ‘imperfeições’, ou, na minha opinião, características únicas. Originais. Singulares. Só nossas.”
Rotina adequada às necessidades
“Tento manter uma rotina de pele consistente, adequada às minhas necessidades, que vai sendo sistematicamente avaliada na Clínica MyMoment. Tenho presente a importância da prevenção como pilar-chave do smart aging: aposto sempre em tratamentos que permitam melhorar o brilho e o tónus muscular da pele, além de corrigirem manchas e pequenas irregularidades, como o laser e os bioestimuladores, que recomendo.”