Não teve um casamento que lhe desse herdeiros mas a vida deu-lhe uma família numerosa cheia de irmãos. Parentes de quem o ator era, aliás, muito próximo. Por outro lado, o humorista estava bastante envolvido em várias instituições de caridade, o que pode antever que possam beneficiar, também, de uma parte da fortuna.Mathew Perry: quem herda a fortuna de 120 milhões?
Matthew Perry teve uma carreira extensa e de sucesso. O ator, que morreu no dia 28 de outubro aos 54 anos, chegou a ganhar um milhão de euros por cada episódio de Friends. Este dinheiro, somado a outros trabalhos no pequeno e no grande ecrã e a investimentos no setor imobiliário, fez com que o ator acumulasse uma fortuna avaliada em cerca de 120 milhões de euros.
Não se sabe se existe um testamento, contudo, tendo em conta que não tem filhos, os herdeiros serão os pais: Suzanne Landon e John Bennett Perry, e os cinco irmãos, Caitlin, 42, Emily, 38, Will, 36, Madeleine 34 e Mia, 37. Uma família bastante unida que está, naturalmente, devastada pelo inesperado desaparecimento de Mathew.
Recorde-se que, quando o ator tinha apenas um ano, os pais separaram-se. A mãe, jornalista, trabalhou durante anos no gabinete de comunicação do antigo primeiro-ministro canadiano Pierre Trudeau, e voltou a casar com o repórter e apresentador Keith Morrison. Os filhos dessa união foram Caitlin, Emily, Willy e Madeleine.
Por outro lado o pai, também ele ator e modelo de renome, voltou a casar com Debbie Boyle e aumentou o clã com Mia, de quem Matthew Perry era especialmente próximo por ter sido um apoio fundamental durante os piores momentos na luta pela toxico-dependência. “Enquanto eu era como um robô a Mia estava sempre comigo. Eu chorava porque sabia que tudo o que me estava a acontecer era culpa minha, mas ela estava lá para me confortar”, contou o ator com carinho no seu livro biográfico Friends, Lovers and The Big Terrible Things.
De facto, a doença fez com que perdesse grande parte do dinheiro, pois gastou nove milhões a tentar reabilitar-se, frequentando 15 centros de desintoxicação e mais de 6000 reuniões dos Alcoólicos Anónimos. Além disso, entre 2013 e 2015, fundou uma casa de reabilitação, em Malibu, para homens na mesma situação e com menos recursos financeiros. Infelizmente, este local teve de fechar as portas por não ser viável. “Não funcionou porque era demasiado caro e demasiado difícil de gerir”, admitiu mais tarde.
Ainda assim, o ator nunca desistiu da luta para tentar evitar que outros tivessem de passar pela mesma provação que ele com as drogas e o álcool e envolveu-se com várias instituições de caridade até ao fim da vida. Nesse sentido, se existir um testamento, muitas delas poderão também ser contemplada e beneficiar, de alguma forma, da sua herança.