AJ McLean, dos Backstreet Boys, reencontra o pai 42 anos depois

"Hoje sei que, o que quer que tenha acontecido entre a minha mãe e o meu pai, não teve nada a ver comigo, mas nos últimos 35 anos, culpei-me a mim próprio."

Os últimos meses têm sido absolutamente transformadores para o cantor de uma das mais famosas boysbands de sempre. Depois do fim do casamento de onze anos com Deanna Karidis, com quem teve duas filhas, o músico, de 45 anos, terminou a digressão da banda, que passou aliás por Portugal, e ingressou numa clínica de reabilitação no Arizona. Não só por causa da dependência mas também para cuidar da sua saúde mental e problemas associados à depressão e ansiedade. Depois de um programa de 10 semanas, o músico começou a desenhar uma nova página na sua vida. E agora, AJ McLean, dos Backstreet Boys, reencontra o pai 42 anos depois.

“Há 42 anos, os meus pais divorciaram-se. Nos últimos 35 anos, culpei-me a mim próprio. Nunca conheci o meu pai de forma alguma, exceto o que me foi dito pelo resto da minha família. O meu pai aparecia num ou noutro espetáculo, mas eu nunca queria vê-lo ou falar com ele”, começou por partilhar AJ.

“Esta noite foi a primeira vez em 42 anos que o meu pai e eu nos sentámos como dois homens adultos e tivemos uma conversa sobre a vida, a minha vida, a vida dele e a vida em geral. Fui para esta conversa e reunião sem expectativas, mas estaria a mentir se dissesse que não ia para esta conversa com medo, raiva, ressentimento e dúvidas.

Para que conste, diverti-me imenso, fiquei a saber quando é o aniversário do meu pai, algo que nunca soube. Fiquei a saber que o meu pai era músico. Uma coisa que eu nunca soube. Aprendi a origem do meu nome, algo que nunca soube. Mas hoje sei que o que quer que tenha acontecido entre a minha mãe e o meu pai não teve nada a ver comigo, mas nos últimos 35 anos, culpei-me a mim próprio, perdi a minha autoestima e criei um caminho horrível para mim próprio, rodeando-me de pessoas tóxicas, relações tóxicas, e a mais tóxica foi a minha relação comigo próprio”, prossegue.

“Após três meses de terapia intensa, aprendi uma coisa entre muitas: tenho autoestima e sou válido. Tenho um grande coração. Sou uma boa pessoa. Eu sou pai e o meu pai nunca foi (…) e agora posso direcionar esse amor para dentro de mim pela primeira vez na minha vida. Hoje é o início de um novo capítulo na minha vida com o meu pai, mais uma vez, passo a passo. Obrigado pai por teres disponibilizado o teu tempo para te sentares comigo e me veres por aquilo que sou”, concluiu numa publicação emocionada.