Marcelo Rebelo de Sousa não faltou à chamada para apoiar a 38.ª edição do Bazar Diplomático, que se realizou nos passados dias 3 e 4 de novembro no Centro de Congressos de Lisboa. Organizado pela Associação das Famílias dos Diplomatas Portugueses e pelas embaixadas acreditadas em Portugal, este bazar conta com várias manifestações culturais e gastronómicas de todo o mundo e as receitas, este ano, serão distribuídas por projetos de instituições que apoiam vítimas de maus-tratos. “Os abusos domésticos ou familiares, infelizmente, ainda são uma realidade no nosso país, sobretudo em famílias que estão mais desestruturadas, isto é, muitas delas mais pobres, mais excluídas, mais destruídas. E portanto este bazar não se limita a uma reunião de embaixadores, é verdadeiramente para chamar a atenção para problemas que são fundamentais na vida de muitos portugueses e portuguesas, porque as mulheres são particularmente afetadas. Elas, as crianças e os idosos, que sofrem mais por causa da crise económica e social que se vive neste momento”, afirmou o Presidente da República à CARAS. Momentos antes, tinha vivido um momento de maior tensão junto do representante da missão diplomática da Palestina em Portugal. “Vocês não deviam ter começado”, respondeu o chefe de Estado português a Nabil Abuznaid, quando este referiu a crueldade da ocupação e dos ataques israelitas na Faixa de Gaza. “O radicalismo gera mais radicalismo, e desta vez o radicalismo começou por parte de alguns palestinianos”, afirmou o Presidente da República, o que acabaria por gerar uma onda de críticas.
“Este ano, mais do que nunca, a grande reflexão chama-se paz. Já levamos dois anos, praticamente, de guerra.” (Marcelo)
Antes de deixar o recinto do Bazar, Marcelo Rebelo de Sousa partilhou com a CARAS os planos da sua família para o Natal deste ano. “A família vem de todo o mundo. Os meus netos estão todos a estudar lá fora: tenho dois netos em Inglaterra, duas netas no Uruguai e uma neta no Brasil. Portanto, este ano decidiu-se que o grande encontro familiar irá acontecer, em princípio, no dia 22”, contou-nos. Sendo o Natal uma altura de reflexão, o chefe de Estado aproveitou para deixar uma mensagem: “Este ano, mais do que nunca, a grande reflexão chama-se paz. Já levamos praticamente dois anos de guerra, primeiro na Ucrânia e agora no Médio Oriente, e a paz é fundamental. É fundamental dentro do país e fora do país, porque, se não houver paz fora do país, é muito difícil que não soframos as consequências na vida das famílias, financeiras, económicas e sociais.”
Fotos Luis Coelho