
Vítor Silva Costa nunca escondeu sofrer de alguma ansiedade, que parece manifestar-se com igual vigor tanto na sua vida profissional quanto na pessoal. Contudo, aos 31 anos, e com o valioso contributo de alguma orientação terapêutica, o ator garante já ter aprendido a saber viver nesse estado de inquietude permanente, tal como confirmou à CARAS no evento de apresentação das novidades de Natal do grupo L’Oréal, que teve lugar no Páteo da Galé, em Lisboa. Entusiasmado com os seus próximos desafios profissionais – uma novela para a SP e a SIC, sobre a qual ainda não pode adiantar detalhes, e o espetáculo de teatro Uma Peça para Dois Atores, que deverá subir ao palco do Teatro Aberto no final de dezembro e início de janeiro –, Vítor Silva Costa não quis abordar a sua vida privada, nomeadamente a relação que mantém com a atriz Bárbara Branco, de 23 anos, por quem se terá apaixonado durante as gravações da novela Flor sem Tempo, da SIC, na qual contracenavam. “Em relação a essas coisas digo sempre o mesmo: não falo da minha vida privada, porque é a minha vida privada”, frisou o ator, assumindo, ainda assim, estar a viver um momento “maravilhoso”.
– Como é que tem conseguido controlar essa sua ansiedade?
Vítor Silva Costa – Não se controla, aprendemos a viver com isso e faz-se terapia, que é muito importante e que, para mim, é uma coisa muito banal. É como ir treinar, faz parte da minha rotina. Todas estas ferramentas que temos servem para nos tornarmos mais sólidos e mais próximos daquilo que queremos. Esta ansiedade também tem a ver com uma espécie de desejo de estar sempre a fazer coisas e sempre ativo.

– E sente que o mundo nem sempre corre à mesma velocidade?
– Às vezes é isso. Sempre dormi pouco e acho que isso tem a ver precisamente com o querer fazer muita coisa e estar em todo o lado ao mesmo tempo. E isso torna-me ansioso, mas eu lido bem com isso. E, de alguma maneira, gosto de estar nesse sítio, de alguma inquietude.
– As pessoas à sua volta lidam bem com esse estado de ansiedade ou tenta disfarçá-lo?
– Já tentei fazê-lo, mas deixei-me disso. É muito cansativo. É muito mais honesto, orgânico e saudável existir, só. As relações, sejam elas quais forem, partem sempre de um equilíbrio. Mas claro que sim, já me preocupei mais com aquilo que os outros pensam de mim. Hoje estou muito mais resolvido em relação a isso.