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Menos de dois meses após o ator ter sido encontrado inconsciente no jacuzzi de casa, em Los Angeles, é revelada a causa da morte de Matthew Perry. Uma primeira avaliação tinha descartado uma overdose de metanfetamina ou fentanil como motivo para o óbito. Agora, sabe-se quais as substâncias encontradas no corpo do artista de 54 anos.
Na passada sexta-feira, 15 de dezembro, foi divulgado o relatório da autópsia. A morte do ator é considerada “acidental” e decorre da toma de cetamina, que, posteriormente, terá feito com que se afogasse “na parte aquecida da piscina“. O gabinete médico aponta os “efeitos agudos de cetamina“, substância usada como analgésico, como causa da morte.
Além disto, o relatório menciona que a doença arterial coronária de que o ator sofria, bem como os efeitos da buprenorfina, usada para tratar transtornos por uso de opioides, contribuíram para o óbito de Perry. “Os fatores que contribuíram para a morte do Sr. Perry incluem afogamento, doença arterial coronária e os efeitos da buprenorfina“, referiu o médico.
Apesar de não terem sido encontradas drogas ilícitas na casa do ator, sabe-se que este lutou contra o vício ao longo da vida. No livro de memórias que lançou no final de 2022, Friends, Lovers and the Big Terrible Thing, Matthew aborda vários temas pessoais sensíveis e dá crédito à série Friends por o ter salvo várias vezes.
O livro de Matthew Perrry
Na obra, o artista abordou o tema da dependência de estupefacientes com a qual lidou durante décadas e que lhe criou vários problemas de saúde. Em entrevista à revista People, chegou mesmo a dizer: “Os médicos disseram à minha família que tinha apenas 2% de hipóteses de sobreviver”, referindo-se ao facto de o seu cólon ter ficado muito danificado pelas drogas.
O ator contou ainda que passou duas semanas em coma, cinco meses no hospital e que, após receber alta, teve uma bolsa no cólon durante nove meses. No livro, Perry conta também o episódio em que um medicamento fez com que o seu coração parasse durante alguns minutos, enquanto se encontrava numa clínica de reabilitação na Suíça.
Antes de uma cirurgia, ter-lhe-á sido administrado o anestésico Propofol. Contudo, de forma inesperada, este acabou por interagir com a hidrocodona – opioide usado como analgésico – que se encontrava no organismo do ator. “Aparentemente, o popofol parou o meu coração. Durante cinco minutos“, escreveu o artista, em primeiro lugar.
Em seguida, revelou que, após oito costelas partidas, este voltou a bater. “Disseram-me que um tipo suíço não queria mesmo que o rapaz de ‘Friends’ morresse na mesa dele e fez-me manobras de reanimação durante cinco minutos, a bater no meu peito. Se eu não tivesse participado em ‘Friends’, será que ele tinha parado aos três minutos? Será que ‘Friends’ voltou a salvar a minha vida?“, escreveu, por fim.
