Morreu Odete Santos, aos 82 anos. O Partido Comunista Português lamentou a sua morte e relembrou o seu papel ativo na Assembleia da República, entre 1980 e 2007, e na sociedade portuguesa, nomeadamente na luta contra o aborto clandestino e a favor da despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez.
“Mulher de Abril, destacada deputada e dirigente comunista, Odete Santos foi uma figura marcante na construção do Portugal de Abril e na afirmação dos direitos que a Constituição da República Portuguesa consagra, em particular sobre os direitos dos trabalhadores, sobre a igualdade e a emancipação da mulher, uma presença constante na ação de solidariedade com os povos de todo o mundo, uma incansável participante na concretização do ideal e projeto do Partido Comunista Português”, refere a nota emitida pelo PCP.
Nascida a 26 de abril de 1941, na Guarda, cresceu em Setúbal e licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e exerceu advocacia durante vários anos. Em 1974 entrou para o PCP, onde fez carrreira política.
Apaixonada pelos livros, foi também autora de Em Maio há cerejas , A Bruxa Hipátia – o Cérebro tem Sexo? e uma coletânea de poesia A Argamassa dos Poemas.