Na 81ª gala dos Golden Globes, que decorreu em Los Angeles no último domingo, Gillian Anderson usou um insólito vestido, que tem causado polémica desde então.
A atriz de Sex Education escolheu um modelo de corte clássico da designer Gabriela Hearst feito de lã e seda, em tom branco marfim.
À primeira vista, o vestido remete para os anos 50, época de glamour em Hollywood, mas um segundo olhar, revela uma perspetiva bastante mais arrojada, pois os bordados são dezenas de vulvas.
Cada uma, levou cerca de três horas e meia a bordar, num total de 150 horas gastas para atingir a perfeição.
Em declarações na passadeira vermelha, Anderson disse que o escolheu “por muitas razões”, e afirmou, ainda, que uma delas é ser “apropriado para a marca”.
Declaração de apoio
Usado em conjunto com uma bolsa metálica da Aquazzura e joias Chopard, o modelo suscitou de imediato debate nas redes sociais.
Alguns utilizadores no X (antigo Twitter) especularam que a escolha de Gillian – anunciada como uma “colaboração” entre a atriz e Gabriela Hearst – era uma declaração de apoio aos direitos reprodutivos das mulheres.
A terapeuta sexual da série da Netflix não negou o comentário.
A própria explicou à Vogue britânica que, uma vez que a sua presença no Instagram tem dado destaque aos yonis (palavra sânscrita para útero ou vagina) desde que “Sex Education” estreou e com o mantra da sua marca de refrigerantes de bem-estar, G-Spot , a “dar prioridade ao prazer”, quis trazer este elemento para o design.
“Estou tão contente por a Gabriela ter aceite o desafio!”, sublinhou.
Mas não foi só o vestido que se revelou uma forma de afirmação e veículo de uma mensagem.
A artista optou por usar o cabelo puxado para trás, mostrando sem pudor as raízes grisalhas, uma tendência também seguida por Meryl Streep, Helen Mirren e Jodie Foster.