Em entrevista a uma rádio sueca, o antigo treinador do Benfica e da seleção inglesa, de 75 anos, confessou o drama que está a viver. A lutar contra um cancro, Sven-Goran Eriksson revela ter um ano de vida, na melhor das hipóteses.
“Toda a gente compreende que tenho uma doença que não é boa. Toda a gente acha que é cancro e é. Mas tenho de lutar enquanto puder. Mas tenho de lutar o mais possível”, amitiu à rádio PQ.
Questinado sobre a gravidade da doença, o antigo treinador foi contudente: “Talvez, na melhor das hipóteses, um ano, na pior, ainda menos, ou, na melhor das hipóteses, suponho que ainda mais tempo”, afirma, para logo acrescentar que os médicos “não podem fixar um dia”.
Eriksson, que treinou o Benfica entre 1989 2 1992, lembra que esta foi uma doença silencioa, que apareceu de repente e sem sinais aparentes. No dia anterior à descoberta, recorda que estava a fazer uma corrida normal de cinco quilómetros quando, de repente, sofreu um colapso e desmaiou. Encaminhado para o hospital, depressa descobru que tinha cancro: “Surgiu do nada [e isso] deixa-nos chocados”, assume.
Para já, admite não ter “grandes dores”, mas a esperança é quse nula: “Foi-me diagnosticada uma doença que se pode abrandar, mas não se pode operar. Por isso, as coisas são como são”, admite.
Em relação ao futuro e ao tempo que lhe resta e apesar da pouca esperança, Eriksson não baixa os braços: “É melhor não pensar nisso. Temos de enganar o nosso cérebro. Podia estar sempre a pensar nisso e sentar-me em casa, sentir-me infeliz e pensar que não tenho sorte, etc. É fácil acabar nessa posição. Mas não, vê o lado positivo das coisas e não te enterres em contratempos, porque este é o maior contratempo de todos, claro.”, concluiu.