
Foto: @simonebiles
Numa entrevista à Vanity Fair, Simone Biles, de 26 anos, fala do seu percurso, da relação com a fama e do seu casamento com o jogador de futebol americano, Jonathan Owens, que aconteceu em abril do ano passado, e que, segundo a ginasta, foi o momento mais especial que viveu até hoje.
“Nunca me diverti tanto na minha vida. Tinha 19 anos quando ganhei os meus primeiros Olímpicos e, na altura, pensei que dificilmente conseguiria superar aquela sensação… Mas o meu casamento conseguiu. Nunca me senti tão feliz. Senti-me melhor do que nunca.”, confessou, com entusiasmo.
A atleta cpntou ainda como conheceu o agora marido, através de uma aplicação de encontros: “Conheci-o pessoalmente na segunda semana e o resto é história. Para ser honesta, ele é obviamente muito bonito. Mas além de sua aparência, era muito gentil e acho que o que gostei mais nele foi a sua autoconfiança. Ele acredita realmente que é o melhor em tudo”, acrescentou.
Recorde-se que o atleta da NFL pediu a ginasta em casamento no Dia dos Namorados de 2022 e em abril de 2023 casaram-se numa pequena cerimónia civil em Houston, seguida de uma celebração no México em maio. Ao longo daquele fim de semana, a atleta usou quatro vestidos de Galia Lahav .

Foto: @simonebiles
Detentora de 37 medalhas em campeonatos olímpicos e mundiais, mais do que qualquer pessoa na história do desporto, Simone Billes foi também uma das mais de 200 mulheres que denunciaram Larry Nassar, ex-médico da seleção norte-americana de ginástica, por abuso sexual, em 2018. Ele foi considerado culpado de vários crimes e cumpre pena de prisão perpétua, num estabelecimento prisional da Flórida.
Biles continua a ser uma forte defensora dos cuidados de saúde mental como assumiu à Vanity Fair: “Sempre fiz terapia e sempre defendi a Medicina. Se precisa de um inalador, vá em frente. Se tem ansiedade, vá em frente. Estou habituada a medicação, explicou, justificando que sua mãe adotiva e mulher do seu avô é enfermeira e, por isso, os medicamentos nunca foram estigmatizados em casa. Há alguns anos, foi medicada com Lexapro, para a ansiedade, e continua a tomá-lo até hoje.
Aliás, a fama, que alcançou por força do seu brilhante percurso desportivo – aos 16 anos conquistou o seu primeiro título mundial, tornando-se a primeira ginasta afro-americana a fazê-lo, e, três anos depois, surpreendeu o mundo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com quatro medalhas de ouro e uma de bronze -, foi, em grande parte, uma das razões dessa ansiedada. Conviver com o estrelato não é, para si, uma tarefa fácil:

Foto: @simonebiles
“Acho que toda a gente quer ser famosa, mas quando isso acontece connosco é quase como bater numa parede e ter uma crise de identidade. E pensamos: Será que vou conseguir? Como é que eu queria algo como isto?’ Não estou a dizer que as pessoas gritem quando me vêem, ou façam fila como se eu fosse a Taylor Swift , mas ainda recebo muita atenção.”, admite.
Atualmente, Biles, que passou a sua infância dentro e fora de lares adotivos e só quando foi adotada legalmente, aos cinco anos (juntamente com a sua irmã mais nova,), pelo seu avô materno, é que passou a ter uma vida equilibrada, dedica-se especialmente ao seu trabalho para a Friends of the Children, uma organização sem fins lucrativos que une crianças adotivas com mentores de longa data.