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Simone é o nome da mais recente personagem de Alexandre Lencastre, que interpreta na novela da TVI Cacau. Mais uma vilã para juntar ao vasto currículo da atriz, talvez a pior que já interpretou. “Vão odiar-me, mas compreende-se, porque ela é maluca. É muito giro, depois de tantas vilãs, ter a liberdade de fazer uma diferente das outras, porque, obviamente, os atores querem diferenciar-se de papéis anteriores. E de repente tenho um material fantástico para trabalhar, as cenas são ótimas e esta mulher tem liberdade para tudo”, contou a atriz. “Tinha saudades de fazer uma personagem assim”, acrescentou.
“Tive uma altura com pouco trabalho e não esperava. Foi uma lição de humildade muito grande.”
Embora estejam a ser meses de grande exigência profissional para Alexandra, que a esta produção junta o concurso Dança com as Estrelas, no qual é jurada, o momento é de felicidade, já que nos últimos anos deu alguns passos em falso, nomeadamente a saída da TVI para a SIC, de que se arrependeu, regressando à primeira. “Estou feliz. Cansada, mas é aquele cansaço que me deixa de consciência tranquila, como quando se acaba de escrever um bom texto. Não dormi, duvidei, mas valeu a pena. Esta fase está a ser positiva, apesar de dura, e para isso não há preço”, assumiu.
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À semelhança do que já aconteceu no passado, a filha mais velha, Margarida Bakker, de 27 anos, também entra em algumas cenas da novela. “Foi uma graça. Agora vai começar a fazer teatro, que é o que mais gosta, e depois, mais tarde, espero que volte à televisão”, referiu a atriz, reafirmando que o caminho da filha não tem sido fácil. “Tenho muita pena que ela não faça outros papéis… Ela é trabalhadora e agora está realmente muito focada. Estamos é numa altura em que não há muito trabalho.”
“Não sou uma diva, isso é um mito urbano. A Alexandra Lencastre não é como as pessoas pensam.”
A precariedade no setor, assegura, é transversal, e também afeta os atores com uma carreira construída e provas dadas. “Eu também tive uma altura com pouco trabalho e não esperava. Foi uma lição de humildade muito grande. Espero que não se repita”. E justificou: “Não sou uma diva, isso é um mito urbano. A Alexandra Lencastre não é como as pessoas pensam. Não vivo como pensam, não sou milionária, sou uma pessoa simples, vivo muito para a família. Sou recatada. Tenho este lado eufórico e, às vezes, até um bocadinho atrevido, mas no meu dia a dia sou muito caseira. Não tenho graça nenhuma.”
Neste momento, o que valoriza mais nos seus tempos livres é estar em casa, junto da família, sobretudo da mãe, Gisa Alencastre Telo, que, sendo doente de Alzheimer, requer cuidados especiais. “É um processo muito duro, mas é muito bom que esteja comigo. Sinto-me feliz por conseguir mantê-la ao pé de mim e ter a certeza de que está a ser bem cuidada. Ainda por cima é amorosa. Não é nada difícil, é querida, divertida, marota, um doce”, contou.