Michael J. Fox, de 62 anos, foi uma das grandes surpresas da 77.ª edição dos BAFTA na noite deste domingo, em Londres. O ator norte-americano, que em 1998, com apenas 36 anos, foi diagnosticado com doença de Parkinson e, desde então, tem feito apenas pequenas participações no cinema, esteve no palco do Royal Festival Hall para anunciar os nomeados para o prémio de Melhor Filme, troféu conquistado por Oppenheimer, do realizador Christopher Nolan.
Sob o olhar orgulhoso da mulher, Tracy Pollan, de 63 anos, com quem está casado desde 1988, a estrela da saga Regresso ao Futuro ou da série Quem Sai aos Seus, agora com 62 anos, levantou-se da sua cadeira de rodas e subiu ao palco. Um momento que desencadeou uma onda de emoção na plateia e que terminou com uma ovação em pé de todos os presentes na sala.
“Muito obrigado”, agradeceu, emocionado, Michael J. Fox, cujo documentário para a Apple TV Still: A Michael J. Fox Movie, também estava nomeado na categoria de Melhor Documentário, um prémio que foi entregue a 20 Days in Mariupol, sobre guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Em 2000, o ator e a mulher criaram a Fundação Michael J. Fox, cujo foco é a investigação para a cura da doença de Parkinson, e que só no ano passado angariou 2 mil milhões de dólares: “Percebi que tinha de dar a volta à situação e transformá-la em algo positivo que afetasse outras pessoas de forma positiva. Acho que foi por isso que criei a fundação, mas demorei muito tempo a chegar lá”., reconheceu numa recente entrevista à BBC.
“Eu tenho Parkinson, luto com ela. É difícil, é irritante, é um pouco mais do que irritante, mas pode ser devastador para algumas pessoas”, referiu ainda. Sobre o seu novo documentário, Michael j. Fox descreve-o como o momento em que “um otimista incurável encontra uma doença incurável”.