
Foto: Tiago Caramujo
Foi no passado dia 6 de março que o cineasta perdeu a luta contra uma pneumonia. Após ser divulgada a notícia da sua morte. vários famosos homenagearam António-Pedro Vasconcelos, através de mensagens e fotografias publicadas nas redes sociais.
Junto a três fotografias do artista, Fernanda Serrano lamentou a sua morte, destacando o grande conntributo que deu a várias áreas. “Como meu, nosso, de tantos de nós atores, mentor, que com ele aprendemos, crescemos, trabalhámos, sonhámos, rimos e discutimos projectos felizes e completos, quero deixar aqui o meu muito obrigada por tudo o que fez e deu ao cinema português, aqui e lá fora, à cultura, ao futebol, à arte, à política, à Vida de todos nós“, escreveu a atriz.
Após revelar ter-se emocionado ao saber da triste notícia, Sofia Grilo recordou o cineasta com carinho. “Fui ao passado e recordei os momentos que tive o privilégio de viver com ele. Os filmes, as lições, as conversas, a paixão por pessoas, pelas suas histórias, o enorme dom da empatia. Tantas memórias“. Por fim, a atriz garantiu: “A sua partida deixa um vazio insubstituível no cinema e no mundo da cultura. O seu legado será eterno“.
Emocionado, o ator João Jesus, que protagonizou o filme Os Gatos Não Têm Vertigens, de António-Pedro Vasconcelos, começou por afirmar: “Ia ligar-lhe hoje para irmos à bola amanhã e de repente tudo muda e somos confrontados com esta notícia que nunca devia ter aparecido“. Na imagem, podemos vê-los no estádio do Sport Lisboa e Benfica, clube do qual os dois eram adeptos. Por fim, o ator disse: “António Pedro Vasconcelos respirava cinema e amor! De si guardo a sabedoria de um mestre. Que saudades vou ter de o ouvir falar sobre cinema e sobre o que ainda falta fazer. E claro, sobre o glorioso“.
Também José Mata quis homenagear o cineasta, junto a uma fotografia dos dois, captada durante as filmagens de Amor Impossível. “O Amor pela Vida e pelo Cinema, bem como pelo nosso Benfica, o António-Pedro Vasconcelos é um nome incontornável da nossa Cultura, do nosso Cinema”, começou por destacar. Logo depois, mostrou-se grato pelo que viveu com o artista: “Guardo a forma tão especial de contar histórias como ninguém, à mesa de um restaurante qualquer ou na rodagem de um filme. Felicidade a minha por nos termos cruzado. Obrigado por tanto”.
Diogo Infante quis também recordar o colega. De forma sucinta, destacou: “O APV partiu mas deixa-nos muitas histórias e um imaginário cinéfilo rico que faz parte da nossa memória coletiva. Lembro-me da sua consciência política, das suas opiniões bem sustentadas, da sua luta pelos direitos dos artistas e do seu respeito para com o público“.
No site oficial da presidência da República Portuguesa, podemos também ler uma mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa. “A partir de finais dos anos 1960, António-Pedro Vasconcelos foi um dos críticos e cineastas que prolongaram a esperança num cinema novo português, desalinhado do regime e alinhado com o cinema europeu“, afirma o presidente, em primeiro lugar. Após destacar a carreira de sucesso do cineasta, caracterizou-o como um “Homem culto, frontal, interventivo e intempestivo, gostava de literatura, da clareza e acutilância da prosa de Stendhal, dos grandes mestres do cinema clássico americano, e envolveu-se em campanhas políticas e em combates cívicos, ligados por exemplo à RTP e à TAP“, deixando os seus sentimentos à família.