Cerca de seis meses após a sua morte, foi aberto o testamento de Michael Gambon , que gera polémica entre a viúva do ator, a matemática Anne Miller, com quem esteve casado mais de 60 anos, e a sua amante, a cenógrafa Phillipa Hart, 25 anos mais nova do que ele. Recorde-se que o famoso Dumbledore da saga Harry Potter morreu no passado dia 27 de setembro, vítima de pneumonia, aos 82 anos.
Gambon manteve uma vida dupla durante as últimas duas décadas, dividindo-se entre a família que construiu com Phillipa e aquela que começara 40 anos antes ao lado de Anne. Sabe-se agora que o ator deixou a maior parte da sua herança milionária a Anne e ao filho que teve com ela, Fergus, de 60 anos, especialista em cerâmica galesa e diretor da leiloeira Bonhams, não deixando nada a Phillipa, mãe dos seus dois filhos mais novos, Tom, de 17 anos, e William, de 15.
A verdade é que, tendo em conta que Gambon até partilhava uma casa com Phillipa em Londres, o facto de não lhe ter deixado um cêntimo é algo surpreendente. De acordo com o Daily Mail, o testamento do ator, escrito e assinado pelo próprio em 2016, só considera os filhos que teve com a amante e, mesmo assim, deixando apenas 11 mil euros a cada, de um património de cerca de 2 milhões de euros. De forma quase caricata, deixa também um pequeno troféu a cada um: a medalha de prata do prémio de Melhor Ator de Teatro do Variety Club of Great Britain. Tom ficará com o que o pai recebeu em 1987 e William com o que foi entregue ao ator em 2000.
De notar que, cerca de um ano após Gambon conhecer Hart, chegou a apresentá-la a alguns amigos. Alega-se que, na altura, ao saber desta relação do marido, Anne saius de casa, mas acabou por aceitar a situação e regressou à mansão que partilhavam em Kent, avaliada em mais de cinco milhões de euros, vivendo com o marido até à morte deste.