Quase dez anos após o evento traumático, Nicole Kidman explica porque se riu no funeral do pai. Antony Kidman morreu em 2014, na sequência de uma grave queda. O acidente ocorreu no quarto de hotel em que o psicólogo de 75 anos estava hospedado, em Singapura, onde estaria a passar uns dias para visitar a irmã da atriz, Antonia.
Agora, em entrevista à Elle, Kidman recorda como lidou com a perda do progenitor, fazendo uma comparação com o seu trabalho na série Expats, na qual dá vida a Margaret, personagem que lida com o desaparecimento do filho. Numa das cenas, a mulher e o marido visitam uma morgue para observar um corpo que corresponde à descrição do jovem. Assim que lá chega, a protagonista começa a rir incontrolavelmente.
A atriz confessa, logo depois, que essa foi uma sugestão sua, baseada na experiência que teve ao ver o próprio pai no caixão. “Eu literalmente comecei a rir porque estava tão angustiada e devastada pelo luto“, começou por dizer. Em seguida, afirmou: “O meu corpo e a minha mente simplesmente não conseguiam lidar com aquilo“.
Kidman confessa ainda que o riso é uma espécie de mecanismo que tem para lidar com a dor. “Mesmo em outros momentos de minha vida já me comecei a rir quando a situação não era apropriada“, garante. “Eu tenho um curto-circuito estranho. É como se precisasse daquele momento para me manter viva, caso contrário morria. É demasiada dor“, detalha, posteriormente.
Nesse sentido, a artista mostra-se grata por ter um emprego que lhe permite explorar emoções que são “pesadas, estranhas, extraordinárias, bizarras, bonitas, profundas“, garantindo que não foge das mesmas. Contudo, reconhece que o apoio da família é essencial para o seu bem-estar e que é o que “dá propósito” ao seu trabalho.
De recordar que Kidman é casada com Keith Urban desde 2006 e os dois têm duas filhas, Sunday, de 15 anos, e Faith, de 13. A atriz é ainda mãe de Connor, de 28 anos, e de Isabella Jane, de 30, que adotou com Tom Cruise durante o casamento com o ator.