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Para Manuela Couto, interpretar uma personagem que se vê a braços com a iminente finitude da vida, na peça A Senhora de Dubuque, em cena no Teatro da Trindade, em Lisboa, tem sido um grande desafio. “Fazemos muitas personagens e imaginamos situações-limite, mas do lado da vida. Esta é a primeira vez que faço uma personagem nesta linha entre a vida e a morte”, referiu a atriz, que admite pensar diariamente na morte. “Sinto-me muito próxima da filosofia budista (não sou budista nem tenho pretensão de o ser), mas no sentido em que pode ser sempre o último dia. Comecei a lidar com essa ideia há muito tempo, com a morte prematura do meu irmão, o que me abalou bastante. Não devemos estar sempre a pensar que vamos morrer, senão torna-se uma coisa doentia e até depressiva. Digo isso no sentido de aproveitar a vida e afunilá-la, e isso ajuda-me nas minhas escolhas”, justificou.
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Aos 60 anos, e com dois filhos adultos, João Pedro, de 29 anos, e Manuel, de 24, fruto do casamento de 30 anos, já terminado, com o geólogo Pedro Tenrinha, Manuela Couto deixou no ar a ideia de voltar a encontrar o amor, apesar de dizer: “A paixão pode ser uma coisa que nos descompensa muito, mas gostar de alguém é fantástico.” Mostrando-se focada em si e no seu bem-estar físico e emocional, a atriz disse-nos ainda. “Sinto-me muito melhor aos 60 anos, sou mais segura. Honestamente, acho que sou mais bonita agora do que quando era mais nova, sobretudo porque tenho as minhas escolhas mais definidas na minha cabeça, sinto-me mais livre.”