Um mês depois de ter feito 45 anos, Ana Rita Clara, apresentadora e senior advisor da TVI Ficção, assume ser uma mulher realizada em todos os sentidos. À CARAS, falou sobre como tem sido fazer este caminho, sempre com novos objetivos e os olhos postos no futuro, mas com a segurança que a idade lhe trouxe, sem esquecer o melhor da sua vida: o filho, Caetano, de sete anos, nascido do casamento entretanto terminado com o médico dentista Hugo Madeira. Romântica, continua a acreditar no amor e numa vida construída a dois.
– Como equilibra as responsabilidades como senior advisor da TVI Ficção com o trabalho de apresentadora e a maternidade?
Ana Rita Clara – Como qualquer mãe que trabalha: com muita disciplina, um malabarismo constante e tendo apoio em casa.
– Tem um carreira longa. Era isto que se via a fazer quando começou?
– Formei-me em Sociologia e Comunicação e, aos quatro anos, já imitava apresentadores nas brincadeiras. Aos 19 comecei a fazer televisão e percebi logo que seria uma área natural de trabalho para mim. Estou muito realizada com o que tenho construído e com a minha jornada. Mas luto todos os dias para evoluir sempre mais.
– Na TVI Ficção sente-se em casa?
– Sim, sinto-me em casa na TVI Ficção e no grupo Media Capital. Sobretudo, sinto-me feliz por poder criar, gerir uma equipa e um canal, ter conseguido alcançar os nossos objetivos e ter sempre foco no futuro. Gosto de aprender todos os dias, de errar e acertar, de fazer acontecer e de ver os projetos saírem da minha cabeça para a concretização.
– A par dessa função, mantém a apresentação do programa À Conversa com Ana Rita Clara. É um lado do qual não abdica?
– Serei sempre comunicadora, faz parte do meu ADN. Por isso, fez sentido, para mim e para a administração, que mantivesse esse meu lado. Apresentar é algo que me continua a apaixonar muito. E estou preparada para outros voos.
– Enquanto mulher com um cargo de liderança, que desafios encontra?
– Encontro os desafios de qualquer cargo com maior responsabilidade, que é ter de entregar resultados, de enfrentar as exigências do mercado num meio que oscila e vive de ligações emocionais a conteúdos. Como mulher, mas sobretudo como pessoa, acredito na minha intuição, resiliência e no meu olhar sobre os temas. E acredito muito mais no trabalho diário, de equipa, na construção sólida e em projetar um plano a médio e a longo prazo.
– Sente que sua experiência como mãe influencia o seu trabalho e vice-versa?
– Com a minha experiência pessoal tenho amadurecido e sinto-me cada vez mais segura e consciente de tudo o que me rodeia. A gestão do tempo, a disciplina, o foco e a sensibilidade são valores que me permitem entregar-me ao trabalho como desejo.
“O Caetano é um filho maravilhoso, que me orgulha muito todos os dias. Amo-o perdidamente e cada dia aprendo uma coisa nova com o meu filho.”
– Como descreve o seu filho?
– O Caetano é um filho maravilhoso que me orgulha muito todos os dias. Está um crescido. Já escreve e lê, adora histórias, matemática, números, cálculo mental, inglês, desporto, e está sempre com muita energia. Não sei a quem sai [risos]! Amo-o perdidamente e cada dia aprendo qualquer coisa nova com o meu filho. Já passou a fase das birras e agora já tem um grupo de amiguinhos da escola e do futebol. É uma enorme felicidade vê-lo crescer tão saudável, feliz, curioso pelo mundo e pelas coisas.
– Tal como a mãe, ele também gosta de comunicar?
– Muito! E questiona tudo. Tem aquelas saídas que só as crianças têm. Faz perguntas diretas a qualquer pessoa e eu deixo-o ser livre para ser o que é. Acho isso fundamental. Sou muito realizada como mãe.
– Que tipo de relacionamento estabeleceram, agora que ele já está mais crescido?
– Somos inseparáveis. É aquela relação de amor que ultrapassa tudo. Sou muito meiga com o meu filho, mas também já precisamos de estabelecer os nossos acordos. No colégio, por exemplo, já não quer que a mamã o trate por “amor”.
– Consegue manter um equilíbrio entre ter tempo para si, para o Caetano e para o trabalho?
– Consigo. Quando estamos com quem amamos ou a fazer algo que nos apaixona, o tempo é sempre reduzido. Mas temos que lutar contra isso, fazendo com que cada minuto conte.
“Acredito muito no amor, na vida, na família e na construção.”
– Voltar a partilhar a vida com alguém está nos seus planos?
– Claro que sim. Acredito muito no amor, na vida, na família e na construção. Quando sentir que estou no momento certo para apresentar um namorado publicamente, fá-lo-ei.
– Gostava de ter mais filhos?
– Gostava, amo crianças, mas não está nas minhas prioridades.