Aos 76 anos e a lutar contra um cancro no pâncreas, Sven-Göran Eriksson foi homenageado na Luz, ontem à noite, 11 de abril, durante o intervalo da Liga Europa entre o Benfica e os franceses do Marselha.
No relvado, sem esconder a alegria e emoção deste momento, o antigo treinador sueco do Benfica recebeu, das mãos do presidente Rui Costa, o galardão Cosme Damião perante o olhar comovido de antigos atletas do clube, que vestiam camisolas de outras épocas (Shell ou Fnac eram então os patrocinadores), como Toni, que foi seu adjunto Humberto Coelho, Rui Águas, Shéu, Valdo, João Alves, Carlos Manuel, Vítor Paneira, entre muitos outros.
O público também esteve à altura do momento e não só mostrou os cartazes com mensagens de agradecimento e “Bem-vindo a casa, mister”, como gritou também pelo nome de Eriksson, visivelmente tocado com esta tão sentida “despedida”.
No início deste ano, Eriksson, que treinou o Benfica durante quatro épocas (1982/83, 1983/84 e 1989/90 a 1991/92), revelou que lutva contra um cancro no pâncreas e que tinha no máximo um ano de vida, uma realidade que prefere evitar.
“É melhor não pensar nisso. Temos de enganar o nosso cérebro. Podia estar sempre a pensar nisso e sentar-me em casa, sentir-me infeliz e pensar que não tenho sorte, etc. É fácil acabar nessa posição. Mas não, vê o lado positivo das coisas e não te enterres em contratempos, porque este é o maior contratempo de todos, claro.”, afirmou o antigo treinador em entrevista a uma rádio sueco.