Vestida com um fato inspirado nas formais casacas masculinas, criado por Nicolas Ghesquière, atual diretor criativo das coleções femininas da Louis Vuitton, a fotógrafa americana Annie Leibovitz, de 74 anos, recebeu das mãos de Anna Wintour, diretora da revista Vogue – uma das várias publicações para as quais Annie trabalhou – a espada que atesta a sua entrada no exclusivo grupo de membros da Academia Francesa das Belas Artes, conhecidos como “Os Imortais”, na qualidade de associada estrangeira. “É, sinceramente, um dos grandes momentos da minha vida”, declarou no discurso em que agradeceu o reconhecimento por uma carreira na qual se destacou, sobretudo, pelo olhar ímpar com que retratou inúmeras personalidades, parecendo captar-lhes a essência a partir de um novo ponto de vista.
Entre as muitas fotos célebres que fez para a revista Rolling Stone, onde começou, a mais famosa será o retrato de John Lennon nu, em posição fetal e agarrado a Yoko Ono, horas antes de o músico ser assassinado, em 1981. Quase tão conhecida é a fotografia que fez da atriz Demi Moore grávida e nua para a capa da Vanity Fair, dez anos mais tarde. Com uma carreira notável, Leibovitz tem sido escolhida para fotografar os artistas mais famosos, assim como reis e presidentes. Ainda recentemente fez um retrato de Felipe VI e Letizia de Espanha, para assinalar os seus dez anos de reinado. A entrada na academia francesa é apenas mais um passo numa carreira há muito consagrada.