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Nome maior da música portuguesa, Fausto Bordalo Dias ou simplesmente Fausto, morreu hoje, em Lisboa, aos 75 anos.
“Fausto Bordalo Dias morreu esta noite, em sua casa, vítima de doença prolongada”, revelou à Lusa o representante da agência
Nascido em novembro de 1948, a bordo do navio Pátria, em pleno Oceano Atlântico, a caminho de Angola, onde viveu a infância e parte da adolescência. Foi precisamente na antiga colónia portuguesa que teve também o seu primeiro contacto com a música. Sons de África que, mais tarde, soube conciliar com a música tradicional portuguesa, dando origem a um legado musical único e de enorme riqueza cultural.
É ja em Portugal, para onde veio fazer os seus estudos universitários, que acabou por se cruzar com Zeca Afonso. Manuel Freire e José Mário Branco, entre outras vozes de intervenção, e que espelham bem o seu percurso. Para sempre ficarão temas omo O Barco vai de Saída, Navegar, Navegar, Por Este Rio Acima, Como um Sonho Acordado ou A Guerra é a Guerra, entre outros grandes sucessos de Fausto.
Amigos, colegas de profissão e polítcos reagiram com enorme emoção à partida de Fausto:
“Recusar-me-ei falar no Fausto como sendo no passado porque o Fausto é sempre o grande compositor, o grande interprete”, confessou Carlos Alberto Moniz em entrevista à SIC Notícias.
“Triste, descubro que Fausto chegou hoje às montanhas azuis”, confessou o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, na rede social X.
Recorde aqui uma das últimas entrevistas do reconhecido cantautor à revista Visão.
