À espera do segundo filho, cujo sexo já sabe mas não quer, para já, revelar, Rita Pereira está a viver esta gestação com muita tranquilidade. Foi durante a inauguração do novo restaurante de Olivier da Costa no Algarve, o ÀCosta by Olivier, que a atriz e apresentadora, de 42 anos, conversou com a CARAS sobre como tanto ela como o filho, Lonô, de 5 anos, e o companheiro, o empresário e produtor de eventos francês Guillaume Lalung, de 41 anos, estão a viver esta gravidez. Falou-nos ainda sobre o facto de no início do ano ter passado uma temporada afastada da família por motivos profissionais, bem como sobre as suas ambições enquanto atriz e apresentadora.
– Já que estamos num restaurante, começo por lhe perguntar se nesta segunda gravidez tem tido mais apetite?
Rita Pereira – Não, está a ser tudo mais ou menos igual à minha primeira gestação. Já engordei seis quilos, mas estou tranquila em relação a isso. Tenho a mesma fome, mas, como não tenho muito espaço, também não posso comer muito. Do Lonô foi igual e, no total, engordei 13 quilos.
– O aumento de peso, portanto, não a preocupa.
– Estou completamente descansada em relação a isso. Estou disposta a engordar muitos mais quilos se tiver que ser, se tiver que engordar mais 10 quilos até ao final da gravidez, engordo. Sei que tenho força de vontade e que vou ao lugar depois de o bebé nascer. E é por isso que o meu estado de espírito em relação à alimentação e ao aumento de peso é diferente do da gravidez do Lonô, já sei ao que vou e que consigo recuperar, apesar de se terem passado quase seis anos desde a primeira vez.
– Sente que já leva esse tipo de informação na bagagem?
– Sim, e isso faz toda a diferença, já passei pela experiência e sei como lidar depois com a situação. Na primeira gravidez a minha referência era a minha mãe, que tinha engordado 30 quilos em cada gestação e que tinha tido dificuldade na recuperação, foi tudo difícil. No meu caso, sete dias depois do nascimento do Lonô já estava a trabalhar, na altura estava a apresentar o Dança com as Estrelas, na TVI, e voltei ao meu peso rapidamente.
– Já pode partilhar connosco o sexo do bebé?
– Não, ainda não, vamos guardar isso para nós mais um bocadinho. Mas não conto por querer fazer suspense ou porque queira que as pessoas fiquem supercuriosas em relação à minha vida. Não digo de quantas semanas estou, nem se vou ter um menino ou uma menina, porque sou muito supersticiosa. Mas o sexo vamos revelar brevemente.
– E estão a preparar alguma coisa para essa revelação?
– Ainda não sabemos, não está nada planeado. Quando estive grávida da primeira vez e revelei que era um menino, foi durante uma emissão do programa que estava a apresentar e foi uma coisa gira, em direto, aproveitei logo essa oportunidade. Agora, como não estou a trabalhar, não pensámos ainda muito nisso. Mas não vou fazer nenhum “chá-revelação” nem baby shower, não me identifico nada com esse tipo de eventos.
– Já tem um menino. Gostava agora de ter uma menina?
– O pai e o mano querem que seja uma menina. Na verdade, o Lonô quer porque o pai também quer. Para mim, é-me indiferente. Porém, confesso que adoro rapazes, o Gui até me está sempre a dizer para eu não contar isso porque o bebé pode ouvir. Mas a verdade é que gosto muito de ser mãe de um menino, pois o Lonô é apaixonado por mim e eu por ele, a relação entre uma mãe e um filho é especial. Eu e a minha irmã também a temos com o nosso pai. É algo que não se explica, é diferente da relação entre meninas e mães. Mas, volto a dizer, para mim é-me mesmo indiferente.
– E o nome, quando será revelado?
– O nome, nem a minha irmã, que é aquela pessoa que sabe sempre tudo sobre mim, sabe. Só eu e o Gui. É a única coisa que só vamos dizer no dia do nascimento. E, como já disse, vai ser diferente e incomum.
– O Lonô também ainda não sabe o nome do bebé?
– Não. Ele nem o sexo sabe, que é para não contar a ninguém.
– Como é que ele está a reagir ao facto de estar prestes a tornar-se no irmão mais velho?
– Ele está superentusiasmado! O Lonô está ansioso e quer que seja uma menina, até diz que a mãe tem a mana na barriga. Está muito feliz por ser o irmão mais velho. Ele é muito doce, muito querido, nunca vai dormir sem dar um beijinho na minha barriga, é um menino bastante atencioso.
– Desta vez terá mais tempo para si após o nascimento?
– Em princípio, sim, mas nunca se sabe. Neste momento não tenho nenhum projeto em mãos, porém, se tiver que ir trabalhar da mesma forma, irei, sem qualquer problema.
– É possível que a desafiem, entretanto, para algum projeto?
– Pode sempre surgir qualquer coisa. A TVI sabe que eu estou disposta a isso, que consigo trabalhar, aconteceu o mesmo na primeira gravidez e após o nascimento do Lonô. Nunca disse que não aceitava trabalhos por estar grávida, antes pelo contrário. Estou disponível para tudo, até para apresentar um programa.
– No final do ano passado e nos primeiros meses de 2024 passou uma temporada no Brasil a gravar a série “Dona Beja”. Que balanço faz desse desafio?
– O mais positivo possível, adorei, correu superbem, estou muito ansiosa para que estreie – sei que será no próximo ano – e tenho a certeza de que vai ser um enorme sucesso. Já vi algumas cenas e fiquei muito orgulhosa, tenho o feedback dos realizadores e dos editores de pós-produção e também é muito positivo.
– Ficou com vontade de repetir a experiência, de fazer mais um projeto no Brasil?
– Ia já agora! Gostei mesmo muito.
– Lidou bem com as saudades de casa, da família?
– Foi difícil lidar com as saudades, sim, acabei por estar com o Lonô apenas três vezes em seis meses, é imenso tempo, e foi complicado. Mas fui muito feliz e, se formos olhar lá para fora e para as atrizes em Hollywood, a vida delas é assim. E a verdade é que me fazem sempre essa pergunta nas entrevistas e é um assunto muito falado porque eu sou uma mulher.
– O que quer dizer com essa afirmação?
– Se não fosse mulher, isso não se punha em questão. Nenhum jornalista pergunta a um homem como é que é estar longe dos filhos.
– Incomoda-a quando lhe fazem essa pergunta?
– Não me incomoda, porque aproveito para dizer sempre aquilo que penso. Sei que faço parte de uma nova geração e as minhas palavras também ajudam a mudar esse tipo de pensamento. Não são só os jornalistas que me questionam, no meu grupo de amigos também tenho pessoas que me perguntam como é que consegui ficar longe do meu filho. O que digo é que, noutros tempos, os pais também iam para fora, emigravam, e nunca ninguém lhes perguntava como era estar cinco ou dez anos longe dos filhos, era a realidade e encarada como uma coisa natural, que fazia parte da sociedade. O meu caso é igual. E acho que quanto mais vezes falarmos mais ajudamos a que se evolua no sentido de se perceber que, se uma mãe tem de ficar longe do filho por motivos profissionais, também tem de ser encarado como algo natural.
– Portanto, é exatamente o contrário, gosta que lhe façam essa pergunta.
– Sim, e às vezes sou eu que puxo o assunto, é importante que as pessoas façam uma reflexão sobre isso e sobre o facto de essa pergunta nunca ser feita aos homens. Crescemos neste ambiente e é preciso ultrapassar essa barreira.
– É também isso que pretende transmitir aos seus filhos?
– Sem dúvida. O Lonô nunca viu o pai a ter de se ir embora para trabalhar, viu a mãe, e isso é ótimo, porque já cresce numa geração em que a mãe é que o faz, e não o pai. Já é uma ideia com a qual ele e a geração dele vão crescer.
– Depois do nascimento do bebé, quando estiver disponível para todo o tipo de projetos, o que é que gostaria realmente de fazer?
– Gostava de começar a fazer mais séries, porque são mais curtas e porque sabemos o início, o meio e o fim da personagem, o que faz muita diferença. É realmente importante saber para que caminho vamos e qual será o desfecho. Nas novelas, construía a personagem, mas às vezes a meio mudava totalmente de personalidade e isso para mim era o natural. Mas com a série que fiz no Brasil – e não é por ter sido no Brasil – foi a primeira vez que trabalhei com uma personagem em que sabia tudo o que ia acontecer e isso para mim foi muito interessante.
– Ficou com vontade de experimentar outras realidades profissionais além do Brasil?
– Sim, gostava muito de ter um projeto nos Estados Unidos. Em França também não me importava. Falo francês e inglês, acho que facilmente o conseguiria. Tenho muita vontade de continuar a trabalhar lá fora.
– O seu caminho profissional passará mais facilmente pela representação do que pela apresentação?
– Talvez, não sei responder. Mas eu gosto muito de apresentação, se tiver essa oportunidade sou a primeira a dizer que sim.
– Como será passado o resto do verão?
– Bom, depois destes dias aqui no Algarve com o Lonô, vou ter com a minha família alargada para mais um período de férias.
– E férias só com o seu núcleo familiar não vão acontecer?
– Como nesta altura do verão o Gui, que é produtor das festas Rendez-vous by Guillaume, trabalha muito, normalmente só fazemos férias a partir de setembro.
– E férias só a dois, fazem parte dos planos?
– Agora com um bebé, não sei. Porque já não vamos estar só os dois! Só quando o bebé nascer.