No dia 15 de agosto fez um ano que a vida de Sofia Ribeiro ganhou mais sentido. Ficou com a tutela das duas sobrinhas, de 13 e 10 anos, para lhes proporcionar melhores condições de vida e uma juventude que não precise de ser curada na vida adulta. E, embora nem tudo seja um mar de rosas e os desafios sejam bastantes, a atriz, de 39 anos, que podemos ver atualmente na novela Senhora do Mar, não podia estar mais convicta de que foi a decisão mais acertada, como nos garantiu na apresentação da nova grelha da SIC, na Estufa do Secret Spot Monsanto, em Lisboa.
– Como é que tem sido este ano com as suas sobrinhas a viverem consigo?
Sofia Ribeiro – Foi um ano de muitas mudanças a todos os níveis, altamente desafiador, mas apaixonante e encantador. Fiquei ainda com mais certeza de que o amor move montanhas, e com todas as dificuldades de tudo o que se possa cruzar no caminho, quando o coração está a bater no lugar certo e com a vontade de fazermos o melhor que podemos e sabemos as coisas acabam por fluir.
– Mas nem tudo é um mar de rosas…
– Naturalmente que não, e quem fizer parecer isso não está a dizer a verdade, está a florear, mas isso faz parte do desafio e acredito, sem dúvida nenhuma, que a vida nos dá aquilo que precisamos de ter no momento certo. Às vezes podemos não saber entender o porquê de as coisas estarem a acontecer de determinada forma, mas mais adiante chegamos lá.
– Tem dado muito de si às suas sobrinhas. O que é que elas trouxeram à sua vida?
– Elas não me dão menos. Elas dão-me o mais bonito de tudo, que é um amor puro e incondicional. Sempre fui muito focada e determinada, mas elas dão-me ainda mais foco do que aquele que eu já tinha. E, embora haja dias em que me pergunto se vou conseguir cumprir o meu papel, elas fazem com que eu tenha mais garra e força.
“Quero que elas consigam crescer felizes e pacificadas. Que em adultas não tenham de estar a curar as feridas da infância.”
– Arrisco dizer que está no bom caminho…
– Quero poder olhar para trás e orgulhar-me muito do que fui para elas enquanto tia e que elas consigam crescer felizes e pacificadas. Que em adultas não tenham de estar a curar as feridas da infância, que de certeza já terão algumas em consequência do seu caminho mais turbulento, mas o meu papel é, desde que elas vieram viver comigo, tentar que tenham uma vida digna e em paz.
– Educar é uma missão desafiante…
– Sou fã de mulheres, sempre admirei mulheres, e hoje mais ainda, porque, não sendo mãe, acabo por sê-lo e faço esse papel sozinha, não divido essa responsabilidade com um companheiro, e é um trabalho árduo e diário. Educar é um papel para gente rija, e eu acho que me tem trazido mais força do que alguma vez tive. E isso só pode ser bom.