Pela primeira vez desde que foi diagnosticada com um cacncro do ovário, em 2019, Sara Carbonero falou publicamente da luta que travou contra a doença. Nesta quarta-feira, 16 de outubro, no momento em que subiu a palco para receber um prémio na 4.ª edição dos prémios Elle for Hope, cujo objetivo é angariar fundos para a Associação Espanhola de Cancro, a jornalista não foi capaz de conter as lágrimas:Em lágrimas, Sara Carbonero fala pela primeira vez da sua luta contra o cancro
“Foi difícil para mim tomar a decisão de estar aqui para receber este prémio. Não pelo seu significado, que eu adoro, mas porque para mim é a primeira vez que falo aberta e publicamente da minha doença: o cancro. Uma palavra que evitei durante anos e à qual não gostava de me referir porque pensava que se não a mencionasse, não seria uma realidade”, começou por dizer a ex-mulher do antigo guarda-redes do FC Porto e do Real Madrid, Iker Casillas, de quem se separou em 2021 e com quem teve dois filhos, Martín e Lucas, agora com 10 e 8 anos respetivamente.
“Demorei muito tempo a aceitar, a compreender que esta é uma corrida de longa distância, que serei sempre um doente oncológico, toda a minha vida. E que vou viver com a incerteza. Até aprendi a aceitá-la” (…) Quando me foi diagnosticado um cancro em 2019, fiquei naturalmente chocada. Foi terrível. Tinha 35 anos, tinha uma vida saudável, não percebia nada. E o meu prognóstico era bom, mas a minha cabeça estava cheia de porquês (…) Então recomendaram-me que fosse a um psicólogo ou a um psico-oncologista, que fazem um trabalho maravilhoso, mas o que eu precisava naquele momento era de falar com mulheres que tinham passado pelo mesmo que eu e que dez anos depois, ou quinze anos depois, estavam vivas e fortes e a trabalhar. E foi isso que fiz, telefonei às dez mulheres que não conhecia, logicamente, para que me contassem um pouco da sua história”, continuou.
No final do seu comovente testemunho, Sara Carbonero deixou ainda uma mensagem especial a todas as mães que, teal como ela, tem (ou tinham na altura) filhos muito pquenos, incapazes de compreender que se estava a passar:
“Quero enviar uma mensagem especial às mães e aos doentes de cancro com filhos pequenos que não entendem nada e que ainda não conseguem explicar-lhes porque é que a mãe está deitada na cama durante oito dias depois de cada quimioterapia e 21 dias depois a mesma coisa e 21 dias depois a mesma coisa. E porque é que a mãe deles não tem energia, como as mães dos colegas deles”, afirmou.
A jornalista, de 40 anos, lembrou depois o importante papel da investigação e do diagnóstico precoce.
Ouça o discurso na íntegra: