![Amigos e fãs despedem-se de Marco Paulo na Basílica da Estrela](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/6/2024/10/241025_WhatsApp-Image-2024-10-25-at-18.10.07-1-810x1080.jpeg)
Fotos: D. R.
Cumprindo um desejo de Marco Paulo, os fãs – na sua maioria mulheres -, que o acompanharam ao longo da sua carreira, nos melhores e piores momentos, foram convidados a participar nas suas cerimónias fúnebres. Esta tarde, às 16h00, as portas da Basílica da Estrela, em Lisboa, abriram-se para acolher familiares, amigos e admiradores numa última homenagem ao cantor.Amigos e fãs despedem-se de Marco Paulo na Basílica da Estrela
Com T-shirts do cantor e entoando canções suas, foram muitos os anónimos presentes fora e dentro da capela. Entre os famosos, de políticos, músicos a personalidades da televisão, foram também muitos os que marcaram presença no velório do cantor, que morreu ontem, 24 de outubro, aos 79 anos, vítima de cancro.
Entre eles, personalidades como Marcelo Rebelo de Sousa, Luciana Abreu, Wanda Stuart, Carlos Moedas, Rui Oliveira, Daniel Oliveira, Andreia Rodrigues, Sofia Alves, Celso Cleto, Cinha Jardim, Manuel Luís Goucha e Tony Carreira, entre outros.
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“Marco Paulo não morreu. O artista nunca morre, Marco Paulo deixou inúmeras canções, inúmeros discos, inúmerosos registos televisivos… Os artistas têm esse privilégio. Vão-se libertando da morte, como dizia Camões, através das suas obras mais ou menos valorosas. O artista não morre. Continuamos a ouvir Frank Sinatra, continuamos a ouvir Edith Piaf… O Marco vai perdurar enquanto continuarmos a ouvir as suas canções”, afirmou Manuel Luís Goucha.
O apresentador explicou ainda que o conhecia apenas por razões profissionais: “Eu nunca privei com o Marco Paulo a não ser nos bastidores, profissionalmente. É um grande cantor romântico, com canções que certamente fazem parte da banda sonora de muitas vidas”, acrescentou.
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Para Daniel Oliveira, diretor de Entretenimento da SIC, este foi também um momento especial: “O facto de ver aqui tantas pessoas a prestarem-lhe uma última homenagem é muito reconfortante para a família que pode ver que havia esse amor profundo de várias franjas da sociedade. É hora de recordarmos o Marco e celebrarmos o que foi a sua vida e percurso. Em vida tentámos que ele sentisse o reconhecimento que a sua carreira justificava. Ele também deu muito à SIC nos últimos anos e estamos muito gratos e ficamos felizes por ver que o país nesta reta final da vida lhe prestou esse reconhecimento“, lembrou.
Ao cair da noite apareceu Tony Carreira, que recordou os anos em que privaram em Paris e elogiou o seu enorme talento:
“Vou recordá-lo com muito carinho e sobretudo com muita admiração. Só quem estiver de má-fé é que não reconhece que o Marco deixa um legado enorme, como eu gostaria de deixar. Canções fantásticas, com uma voz do outro mundo e um intérprete maravilhoso. Conheci o Marco nos anos 80 quando vivia em França e tinha uma banda de covers. Chegámos a fazer muitas ‘primeiras-partes’ dos espetáculos do Marco e cheguei mesmo a fazer de engenheiro de som do Marco… Ele ainda esteve para cantar uma canção comigo no Meo Arena, salvo erro em 2018, mas acabou por não acontecer. Mas convidei-o para estar num outro espetáculo também ali e ele lá esteve na plateia, um gentleman. Tenho muito boas recordações e sou daqueles que vou continuar a ouvir as suas canções”, confessou Tony Carreira, que não pôde deixar de recordar também a filha, Sara Carreira, que morreu em 2020.
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“A minha filha, infelizmente já está num sítio que eu não sei onde, espero que esteja num sítio bom e o que desejo para o Marco é que também esteja num sítio bom se é que existe. Por mais que seja crente há sempre – eternamente – a dúvida. Espero sinceramente que se encontrem e que estejam bem e em paz.”, acrescentou.
As portas da Basílica voltam a abrir-se amanhã, 26 de outubro, onde o corpo de Marco Paulo estará em câmara-ardente entre entre as 9:00 e as 12:00 horas. As exéquias fúnebres prosseguem às 14:30, com missa de corpo presente, saindo o cortejo fúnebre de seguida para o cemitério dos Prazeres, em Lisboa, para o último adeus ao rei da música ligeira portuguesa.
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