“As redes sociais têm de ser uma extensão daquilo que eu vivo e não o que eu vivo.”
Iva Lamarão vive uma fase de equilíbrio e introspeção. A repórter do Fama Show, da SIC, continua a dividir os seus dias entre Lisboa e o norte do país, onde reencontra os pais, a irmã e a sobrinha de 2 meses e meio, Maria Cayetana, que trouxe um novo brilho às celebrações familiares. Em conversa com a CARAS, durante uma noite dedicada à poesia do Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, Iva, de 41 anos, falou sobre os planos para o Natal, a importância da família e os desafios de conciliar trabalho, vida pessoal e a vontade de se desconectar das redes sociais para dar espaço ao que realmente importa.
Nesta equação entra naturalmente o namorado, o empresário Tiago Oliveira, com quem vive um relacionamento sólido há dois anos. Apesar de manterem uma relação discreta, Iva não esconde o carinho e o companheirismo que partilham. Entre projetos pessoais e profissionais, os dois procuram ter momentos de qualidade juntos, tal como aconteceu recentemente, numa viagem que fizeram a Viena de Áustria.
– Quais são os seus planos para as festas?
Iva Lamarão – Este Natal é muito especial porque temos uma bebé em casa, a minha sobrinha. É um momento muito feliz e estamos todos entusiasmados.
– O seu sorriso diz tudo. Vai ser difícil controlar, imagino, os presentes para a sua sobrinha?
– Estou sempre a dar-lhe presentes, é verdade. Ela está naquela fase em que as roupas deixam de servir muito rapidamente e há sempre qualquer coisa que dá jeito. Depois, há coisas muito giras às quais, confesso, é difícil resistir…
– Não deve ser fácil quando se tem de despedir para regressar a Lisboa.
– É difícil, fico sempre até ao último minuto. Tenho de conciliar a minha vida familiar aos fins de semana com a minha irmã e a bebé, com os meus pais, com o meu namorado…
– No fundo, as pessoas mais importantes da sua vida estão lá em cima a puxar por si…
– Também tenho muitos amigos aqui em Lisboa, mas os dois ou três dias que vou lá, são muito atarefados. Chego cansada do fim de semana, mas é um cansaço muito bom.
– É pessoa de fazer balanços nesta altura do ano e projetar planos para o ano que se aproxima?
– Ao longo do ano vou fazendo balanços, vou percebendo como é que as coisas estão a correr e aquilo que posso mudar ou não. No final do ano fico sempre com a sensação de que tudo passou muito rápido, é tudo a correr. Sinto que não saboreamos as coisas com calma, estamos muito embrulhados no trabalho, nas nossas vidas, nas redes sociais, somos muito absorvidos. E o tempo corre muito mais rápido, acho, por causa disso tudo. Neste momento sou obrigada a parar porque tenho algumas exigências familiares. Quero dar atenção à minha irmã, à minha sobrinha, ao meu namorado, aos meus pais, e acabam por me obrigar a desligar. Portanto, ultimamente tenho partilhado menos nas redes sociais porque simplesmente não me apetece tirar fotografias ou porque estou ocupada a viver as coisas e não tenho aquela preocupação com os “cliques”. Estou numa fase em que quero dar prioridade à família, e as redes sociais têm de ser uma extensão daquilo que eu vivo e não o que eu vivo.
– E vai tentar manter esse espírito durante o ano que agora irá iniciar?
– Sim, vai ser uma resolução para 2025, ligar-me menos às redes, porque sou muito dependente do telemóvel. E confesso que não gosto quando me chamam a atenção para estar menos tempo ao telemóvel. Mas sim, vou tentar ter mais tempo em família, gostava muito de viajar, de fazer um retiro, de namorar, de ir para fora, embora tenha um projeto pessoal no início do ano e está a ser difícil conseguir tirar tempo para me ausentar uma semana ou duas. O meu namorado também tem alguns projetos, e estamos a tentar perceber quando é que é o momento certo para o conseguirmos fazer.
– Sentem que é importante fazerem estas escapadelas românticas, de preferência sem acesso a Wi-Fi?
– Na verdade, também vivo muito das redes, a minha geração está muito ligada às redes sociais, de uma forma ou de outra, mas o meu namorado é muito menos ligado do que eu, então, é uma questão sensível. Mas eu queria mesmo sair, viajar em janeiro ou fevereiro, mas está difícil encontrar uma data. Vamos ver quando será possível.
– E ser mãe faz parte dos seus projetos? É um desejo, um sonho ou não pensam sequer no tema?
– É um tema delicado.
– Como falou da sobrinha, poderia despertar alguma vontade de aumentar a família…
– É um tema delicado e muito pessoal. É algo que gostava que acontecesse na minha vida, mas não sei se vai acontecer, vamos ver.