
Com 84 anos, 60 dos quais dedicados ao teatro, televisão e cinema, Isabel Ruth decidiu concretizar um sonho que, embora antigo, manteve sempre presente na sua mente: gravar um disco. Produzido pelo músico Agir e lançado no final do ano passado, Português Suave é a expressão musical de uma vida cheia de emoções, nostalgia e reflexões. “Eu estou viva e, desde que uma pessoa tenha forças, não há razão para não seguir em frente”, partilhou a atriz com a CARAS, durante um almoço no qual participou a convite de Bárbara Guimarães e da Unigold.
“Não há nada melhor do que a música para manifestar as emoções. Do amor à tristeza.”
Enquanto segurava, com orgulho, o seu disco de vinil na mão, Isabel Ruth lembrava que a música é uma forma poderosa de expressar o que sente, o que lhe vai na alma: “Neste disco podem ouvir os meus pensamentos, a minha nostalgia… Uma pessoa faz canções porque há uma necessidade de manifestar esse amor que nós temos. E não há nada melhor do que a música para manifestar as emoções. Do amor à tristeza. Os jovens podem achar que é ‘careta’, mas canto o que sinto, não o que os outros esperam de mim”, frisou, deixando claro que a sua música é uma extensão da sua própria vivência e que a liberdade que encontra na música não é possível ser vivida com a mesma intensidade enquanto atriz. “No teatro, somos sempre conduzidos, mas na música, a liberdade é minha”, afirmou Isabel Ruth, mostrando que a idade é apenas um número e que nunca é tarde para fazer o que se gosta.