Praga é um dos destinos de eleição e uma das cidades mais fotogénicas da Europa. Pontes, palácios, igrejas e museus encontram-se a cada esquina desta cidade, que não se resume, apenas, ao seu património histórico, mas em cujas ruas se respira o espírito irreverente de nomes consagrados da arte, da literatura e da música, e onde nos deparamos com inúmeros detalhes arquitectónicos de grande beleza.
A história desta cidade começa com o seu castelo. Fundado no séc. IX pelo príncipe
Borivoj, e ocupando uma posição cimeira face ao rio Vltava, tornou-se rapidamente o centro das terras governadas pelos Premyslids. Alvo de várias reconstruções, após um terrível incêndio em 1541, foi novamente reconstruído ao estilo renascentista. No interior da zona do castelo encontra-se a majestosa Catedral de S. Vitus. A parte mais imponente é a Capela de S. Venceslau, cujas paredes são decoradas com pedras semipreciosas, dourados e frescos. Tendo sido iniciada a sua construção em 1344, só foi totalmente terminada no séc. XIX, pelo que integra diversos estilos arquitectónicos: Gótico, Renascentista, Neogótico e até Arte Nova, de que são exemplo os vitrais de
Alfons Mucha
A cidade velha (Staré Mesto), mais concretamente a sua praça principal – onde se situa a antiga câmara municipal -, testemunhou acontecimentos terríveis: em 1621 foram ali executados vinte e sete protestantes por ordem do imperador católico
Ferdinand. Agora, são os edifícios góticos e renascentistas que deslumbram os visitantes, sobretudo o relógio astronómico da torre da velha câmara. Um relojoeiro chamado
Hanus, a quem cegaram cruelmente, de forma a não poder recriar uma peça semelhante noutra cidade, foi o autor desta obra-prima, no séc. XV. Nesta praça, destaque ainda para a imponente Igreja de Nossa Senhora Antes de Tyn.
Mas o verdadeiro ex-líbris de Praga é, sem dúvida, a Ponte Carlos. Extremamente decorada com dezenas de estátuas (as originais estão no Lapidarium, do National Museum), esta ponte pedestre merece ser visitada a diferentes horas do dia, pois tem uma animação muito própria; dir-se-ia que o coração da cidade pulsa ali mesmo.