O Sangue da Honra (ed. Sextante), romance de Francisco Moita Flores com investigação e ensaio de António de Sousa Duarte, é um retrato vivo da Sicília antiga, da Cosa Nostra, do cinema da América e de Frank Capra. O livro tem edições portuguesa e italiana (em Itália, com o título Frank Capra non era un Mafioso e com chancela da Cavallo di Ferro).
O romance, da autoria do Grande Oficial da Ordem do Infante, assenta numa profunda investigação levada a cabo por António de Sousa Duarte sobre a máfia siciliana (Cosa Nostra), a vida e o cinema do realizador Frank Capra, e a saga da emigração italiana para a América no começo do século XX.
A obra, à venda em simultâneo nas livrarias de Portugal e Itália, nasceu de uma investigação levada a cabo por António de Sousa Duarte, em Bisacquino, Sicília, onde descobriu terem nascido o cineasta Francesco ‘Frank’ Capra, autor de filmes como Uma Noite Aconteceu, , Não o Levarás Contigo, e Do Céu Caiu Uma Estrela’.
Quando António de Sousa Duarte chegou à Sicília, o primeiro objectivo da demanda era claro e preciso: mergulhar na vida de Frank Capra, o cineasta consagrado por Hollywood que nasceu naquele lugar do fim do mundo e perdido entre montanhas rochosas e pastos agrestes. Mas em Bisacquino uma surpresa aguardava por ele. Daí à descoberta de que, também ali, nascera um dos precursores da Máfia siciliana – D. Vito Cascio-Ferro foi um passo. É a partir de então que António de Sousa Duarte constrói um texto assente numa pesquisa aprofundada sobre dois homens tão comuns e, ao mesmo tempo, tão diferentes e aos quais veio a juntar-se Giuseppe ‘Joe’ Petrosino, um polícia natural de Pádua, radicado em Nova Iorque e que atravessa toda a investigação primeiramente concebida pelo autor.
Foi nesse ensaio que Francisco Moita Flores trabalhou ao entrelaçar todos aqueles, e outros, personagens memoráveis. Nasceu assim esta narrativa, plasmada num romance intensamente luminoso que recorda e evoca cenários que pensávamos já perdidos na memória colectiva mas que estão aí, afinal bem vivos no nosso quotidiano.