Só comparo a cidade de Nova York a Xangai ambas vivem a anos-luz do meu ritmo, do meu estar, do meu ser. Confesso que sou pouco urbana e nada dada ao asfalto mas reconheço que Nova Iorque é única e sem igual, por isso, volta não volta sinto falta e aí vou eu a caminho da
" Big Apple".
Opto sempre por ficar num hotel em Soho no velho bairro de artistas que impassível à mudança mantém o seu charme de sempre. É um bairro mais parecido comigo e o facto de aí passar oito dias de quando em quando quase me faz sentir em casa. De Lisboa levo as últimas informações sobre novos lugares a descobrir, bairros emergentes como o "trendy" Meatpacking District, agora na berra pelas suas múltiplas e boas moradas de lojas, bares e hotéis. Informo-me sobre as ultimas galerias de arte agora instaladas em Chelsea e fico atenta às recentes lojas cuja última tendência é ser-se "green", ou seja, salve se o planeta. Por fim reservo atempadamente os restaurantes mais "in" e não dispenso assistir a alguns espectáculos da Broadway ou mesmo "out of Broadway". Afinal sou igual ao comum dos mortais, adoro passar 8 dias em Nova Iorque. Normalmente saio cedo e reparto os dias pelas diversas zonas da cidade para não andar num rodopio. A melhor maneira de a conhecer e a mais prática é de metro, um bilhete semanal custa $20 e dá direito a deslocação por toda a cidade.
Quando sigo lá para as bandas de Upper East Side começo por visitar o MoMA, o Museu de Arte Moderna que sempre me impressionou pelo seu magnífico acervo. Depois sigo para o Guggenheim também ele imperdível e se sobra tempo visito ainda o Metropolitan Museum of Art para olhar a riquíssima ala dedicada à arte Egípcia.
Na volta estão as resplandecentes e luxuosas lojas de moda da Madison Avenue e arredores que já pouco me interessam se bem que não dispense a emoção visual de rever a impressionante arquitectura, entrar na fascinante livraria Barnes&Noble e, olhar ainda, as mais belas montras do mundo fazendo o eterno exercício mental, sim só mental, de ser mulher rica por um dia.
Dada a certas rotinas quase sempre regresso aos meus lugares predilectos. Tenho as minhas moradas secretas lá para os lados de Little Italy, Greenwich Village, Soho e Tribeca, ali despendo dias preciosos em que passeio a meu belo prazer. O metro deixa-me mesmo há porta do Dean & Deluca, uma mercearia fina e de visita obrigatória que também serve comida e um excelente expresso. Entre Prince Street, transversais e perpendiculares há diversas e atraentes lojas de novos
designers, sapatarias divertidas e algumas galerias de arte. Por perto fica Greenwich Village que possui um manancial de edifícios dos finais do século XIX situados em ruas labirínticas sombreadas por árvores belíssimas e, caso seja horas de refeição, o restaurante Balthazar em Spring St. é o lugar certo para uma pausa merecida. Uma manhã bem esticada a passear em Little Italy percorrendo as ruas entre a Mulberry e a Grand Streets, as melhores para ver e encantar, são dicas que recomendo vivamente e melhor ainda se for seguido de almoço num dos múltiplos restaurantes e esplanadas de paladar italiano onde só o facto de estar ali a observar é já em si todo um programa. Refeita da longa manhã é só seguir para o mercado de Canal Street onde começa a emblemática Chinatown. Um comércio que oferece verdadeiros achados, que vão desde as tão desejadas malas, leia-se cópias de marca europeia, a mil e outros objectos que despertam o nosso imaginário.
Em dias de sol um passeio por Central Park é fundamental. Por entre pontes, lagos e esquilos aprecio agradáveis momentos enquanto reponho as ideias e as contas em dia.
É em Times Square e na Broadway que me deixo perder na noite onde tudo se torna mágico e cintilante como que anunciando que a noite é minha. Entre uma ida ao teatro, um jantar ou uma ceia, há sempre mil alternativas. Por perto ficam os melhores teatros e musicais do mundo e também duas das moradas mais badaladas do momento, o afamado restaurante Tao de paladar asiático e o Highbar para beber um copo já noite dentro.
Da cidade de todos os possíveis e impossíveis onde tudo nasce e renasce a um ritmo alucinante Nova Iorque será sempre igual a si própria, nunca me desilude, tudo é uma festa permanente talvez por isso lhe chamem a cidade que nunca dorme.
Como ir: Existem diversas opções que muitas vezes coincidem com promoções das companhias aéreas.
Onde ficar: Soho House New York.
www.sohohouseny.com . Um hotel muito especial e bem situado.
Documentos: Passaporte válido e visto obrigatório
Idioma: Inglês
Moeda: Dólar USA. Todos os cartões de crédito são aceites.
Diferença horária: Menos 6 horas TMG
Clima: Todas as épocas do ano são boas para visitar a cidade de Nova Iorque.