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Júlio Soares Pereira
A Cidade Velha, um labirinto de ruelas estreitas onde impera um permanente ambiente de mercado de rua e a cada passo deparamos com templos, nichos e altares velhos de séculos, é um mundo fabuloso em que a única opção é embrenharmo-nos numa cultura estranha e fascinante que parece saída duma narrativa de Marco Polo. A vida pulsante da capital deste pequeno reino dos Himalaias recentemente transformado em república é aquilo que mais atrai o viajante, e a sobreposição de traços de modernidade a uma cultura milenar aquilo que mais o encanta.
Por muito que nos percamos, acabaremos quase inevitavelmente por desembocar na relativa amplidão de Durbar Square, a praça monumental que, em 1979, foi elevada a Património da Humanidade. Constituída por três praças juntas, aqui se encontra um notável conjunto de templos, palácios (incluindo o majestoso Hanuman Dhoka) e monumentos vários, na sua maioria datando do século XVII, embora muitos sejam bastante anteriores.
Aliando uma aparente falta de solenidade à profunda religiosidade que rege todos os aspectos da vida dos nepaleses, os degraus inferiores dos templos estão permanentemente ocupados por vendedores, que tanto podem oferecer hortaliça como capas de telemóveis, enquanto os degraus superiores são o local de encontro preferido da população para conversar, namorar ou, simplesmente, deixar correr o tempo.
A não esquecer Como ir: Visto poucas linhas aéreas internacionais voarem diretamente para Kathmandu, o mais prático é apanhar um voo para Nova Deli e daí para a capital nepalesa.
Quando ir: Sendo uma região sujeita ao regime de monções, existem duas épocas ideais para visitar o Nepal: no outono (setembro a novembro) e na primavera (março e abril). Uma excelente altura para a viagem é durante o Tihar, uma das mais importantes festividades religiosas, que dura seis dias e ocorre em outubro/novembro.
O que fazer: Além das inúmeras atrações na Cidade Velha, há ao longo do vale de Kathmandu uma série de locais muito interessantes a visitar, como sejam Patan, Bodnath e Bakhatapur, antigas capitais de pequenos reinos do vale.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.