São cada vez mais as propostas no planeta SUV! O Nissan Qashqai continua a ser uma das principais referências, mas temos mais, o Peugeot 3008, que pisa maravilhosamente a estrada, o refinado VW Tig
uan, o Hyundai IX35 e o renovado Kia Sportage que oferece uma relação preço/equipamento quase imbatível.
Já fui o feliz proprietário de um carro deste tipo. Na minha opinião, as desvantagens de utilização centram-se no comportamento dinâmico "irregular". São carros pesados e com o centro de gravidade elevado. Este é um problema mais comum nos SUV de maiores dimensões, nos compactos não é tão notório ao volante.
As vantagens são conhecidas e mais consensuais. A posição de condução elevada permite uma excelente visibilidade perante a estrada, conseguimos "trepar" até locais onde um automóvel tradicional não consegue chegar, espaço não falta, e as crianças adoram jipes.
No caso do Mitsubishi ASX a dinâmica em estrada surpreende pela disponibilidade do motor. Passo a explicar! O ASX partilha a plataforma do Lancer, usufruindo por isso de suspensões McPherson à frente e multilink atrás, uma base que garante um comportamento muito previsível e até consegue transmitir uma adrenalina de condução muito divertida. O binário de 300 NM permite ao ASX ter a resposta sempre na "ponta da língua". Por outro lado, a altura ao solo e a afinação da suspensão permite sair do asfalto e regressar a casa com carro e as costas em bom estado. A verdade é que o ASX em estrada tem um comportamento muito semelhante ao de um automóvel "tradicional".
A gama de motores inclui dois motores, o 1.6 MIVEC a gasolina, de 117 CV, e o 1.8 Di-D Turbo de 150 CV. O primeiro está associado a uma caixa manual de cinco velocidades, enquanto o bloco diesel é acompanhado pela caixa de seis relações. A tração é dianteira, no entanto, existem versões 4WD associadas ao motor diesel. Fiquei surpreendido pela positiva com os consumos. Em auto estrada, sem abusar, fiz uma média de 5,8 l/100 km. Já na cidade o ASX fica com mais sede e o computador de bordo marcou sete litros.
Os níveis de equipamento são os seguintes: Invite, Instyle e Intense. O Invite oferece sete airbags (incluindo para joelho de condutor), controlo de estabilidade com ajuda de arranque em subidas, sistema start/stop, cruise control, faróis de nevoeiro, ar condicionado automático, CD/MP3, sensores de luz, de chuva e de estacionamento traseiro e jantes em liga de 16 polegadas.
O nível de equipamento Intense é a versão que mostramos nas fotos. Julgo que acaba por ser o mais racional. As jantes de 17 polegadas fazem a diferença, além de que oferece faróis de xénon, vidros escurecidos, o rebatimento dos espelhos, as barras de tejadilho, o teto panorâmico, o Bluetooth e a ligação USB. Já o Instyle junta a isto os bancos em pele, aquecidos e de regulação elétrica e sistema áudio Rockford Fosgate.
O habitáculo tem um ambiente clássico. A instrumentação tem bom gosto, os diversos comandos são intuitivos.
A maioria dos materiais é aceitável, embora alguns plásticos sejam medianos, refiro-me aos painéis laterais das portas e da bagageira. Nada de grave!
O Mitsubishi ASX está à venda com um preço a partir de 23.262 euros, no caso da versão Invite, a gasolina. O modelo que vê nas fotos é o 1.8 DI-D ASG Intense e custa 32.362 euros. O ASX mostrou no terreno a razão pela qual foi um seis finalistas do Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal 2011.