O BMW X6 é sem dúvida um dos modelos mais bonitos de sempre construídos pela marca alemã. É incrível como um carro com 5 metros de comprimento – uma distância entre eixos de quase três – consegue ser espaçoso, confortável, e ao mesmo tempo desportivo apesar de pesar 2.380 kg.
O BMW X6 é um dos SUV consensualmente mais bonitos. É rara a pessoa que não gosta deste BM. As jantes de liga leve de 20 polegadas são poderosas, as entradas de ar contribuem para um aspeto ainda mais robusto, as ponteiras de escape cromadas, as grelhas, as saias e
spoilers laterais sublinham ainda mais o caráter desportivo e atlético deste carro que muitos sonham conduzir.
Já tinha experimentado o BMW X5 M. No caso do X6 tudo acontece de forma diferente, para melhor! O X6 é mais espaçoso, o comportamento dinâmico não é tão radical, isto quando comparado com o X5, é verdade, mas consegue transmitir uma sensação de segurança superior.
Ao longo dos quatro dias que conduzi o BMW X6 M procurei fazer alguns quilómetros de estrada nacional, na cidade, e, ao mesmo tempo, viajar em autoestrada. No fim de semana deste ensaio encontrei o tempo algo instável, conduzi com o piso seco e molhado. Uma coisa é certa, apesar das obras de santa Engrácia na A8, deu perfeitamente para compreender que o X6 M é um devorador de asfalto.
O motor do X6 M é um V8
TwinPower Turbo que debita um binário máximo de 680 Nm e uma potência de 555 CV. Não é tão explosivo como o X5 M, de qualquer forma, quando "afinamos" este SUV desportivo no modo Sport e aproveitamos a estrada livre, é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 4,7 segundos. O barulho do motor rouco do V8 é simplesmente fabuloso, um som que obriga a focar os olhos na estrada, um autêntico luxo para todos os que gostam de conduzir um bom automóvel. Não é novidade que o X6 oferece uma estabilidade em estrada acima da média. A tração integral
xDrive associada ao sistema de controlo de chassis,
Adaptive Drive – a combinação do controlo do rolamento (
Dynamic Drive) e do controlo eletrónico do amortecimento (
EDC) permite uma precisão e agilidade em curva surpreendente. A velocidade máxima está limitada eletronicamente aos 250 km/h, a aceleração dos 0 aos 100 km/h é de 4,7 segundos.
O BMW X6 M gosta de asfalto mas gasta gasóleo de acordo com o seu estatuo. Nunca consegui baixar dos 17 litros para percorrer 100 quilómetros. A caixa de velocidades
DSG é uma maravilha e está cada vez mais evoluída. Nenhuma caixa consegue encontrar o regime e a rotação do motor de uma forma tão eficaz e natural a descer do Monsanto para as Amoreiras. Gosto de utilizar as patilhas no volante para otimizar o comportamento deste tipo de automóveis com um cariz mais desportivo, tanto nas acelerações como nas reduções.
Viajar a bordo deste SUV é sinónimo de conforto e bom gosto. Viajamos sempre em primeira classe e mesmo após duas horas a conduzir sentimo-nos relativamente descansados. O interior é desportivo e exclusivo. É quase como vestir um fato à medida! Os bancos dianteiros elétricos ajudam a encontrar a melhor posição de condução. Na minha opinião, uma das virtudes da BMW é a forma fácil e intuitiva como conseguimos ligar o telefone ao carro, o funcionamento perfeito do sistema de navegação, tudo funciona bem, e, muito importante, não é preciso tirar um curso de telecomunicações para ligar um simples telefone.
A versão que conduzi tinha alguns opcionais úteis. Destaque para o sistema
Head- Up Display que projeta no vidro diversa informação útil sem que o condutor desvie o olhar da estrada (1.198 euros). As câmaras de ajuda ao estacionamento laterais valem 372 euros, o controlo de iluminação em curva 421 euros. O BMW X6 é um automóvel que encontramos nas nossas estradas, não é uma espécie rara, nem está em vias de extinção. O mais acessível é o xDrive 35i com o motor 306 CV a gasolina que custa 89.670 euros. A versão M de 555 CV vale 168.240 euros. Só de Imposto Automóvel são 35 mil euros.