Longe da família e dos amigos, Daniela Ruah diz que "Los Angeles já se tornou um bocadinho o meu lar" e encara estes sacrifícios pessoais como parte obrigatória do percurso. Contudo, a sua carreira não rouba o espaço aos sonhos de uma vida inteira, como casar-se de vestido branco e constituir a sua própria família.
Foi a propósito do lançamento da coleção Pantene Pro-V Color Protect e da apresentação do concurso online para quem queira brilhar no próximo spot de televisão da marca que a CARAS conversou com a atriz.
– Na última entrevista que deu à CARAS, em julho, disse que ter ido sozinha para os EUA não mudou a sua personalidade. A sua família e os seus amigos concordam?
Daniela Ruah – Os meus amigos gozam comigo e dizem que o meu sotaque está muito mais americano, mas, fora isso, pouco mudou. Tornei-me um bocadinho mais saudável, porque lá há uma verdadeira obsessão com a saúde. Há a obsessão de ir ao ginásio, de comer como deve ser… Hoje em dia estou mais consciente da minha saúde. Tenho de ir ao ginásio, mesmo que não me apeteça, porque tenho de manter a forma e a energia.
Daniela Ruah
Natacha Brigham
– Não. Quando como bem e faço exercício tenho mais energia e preciso disso, porque às vezes filmamos muitas horas. Não creio que seja obsessão. É simplesmente a forma de sobreviver neste meio. Obsessão será mais chegar a uma determinada idade e pensar que se precisa de mais uma operação plástica… Ainda não cheguei a essa idade e não sei como pensarei na altura, mas em princípio não serei assim. Tenho uma família que me ajuda a ter os pés na terra e a ser eu mesma.
– Sente que poderia deslumbrar-se caso não tivesse esse acompanhamento familiar?
– Sou suficientemente centrada para saber aquilo que quero e o que não quero. E assumirei perfeitamente as decisões que tomar.
– É uma pessoa insatisfeita ou sente-se feliz com a vida que tem?
– Não me falta nada. Tenho uma família enorme que me apoia, amigos, que são os mesmos de sempre… Tenho uma boa vida e não tenho nenhuma razão de queixa. Sinto-me abençoada. Gosto de olhar para a minha vida e ver as coisas positivas que tenho em vez de estar focada naquilo que me falta.
Daniela Ruah
Natacha Brigham
– Lembro-me de chegar ao fim das novelas já farta da personagem e com vontade de fazer uma coisa nova, portanto, esse era o meu maior medo quando comecei a fazer a série. Aqui, não sei porquê, talvez por me sentir tão sortuda por estar no sítio onde estou, não me farto da personagem. Não tenho medo de ficar cansada.
– Tem medo de que as oportunidades profissionais ponham em causa a realização dos seus sonhos pessoais?
– As coisas acontecem quando têm de acontecer. Quando encontrar uma pessoa com quem queira casar-me e ter filhos, isso vai acontecer, independentemente do meu trabalho. Aliás, quando comecei a série falei logo com os meus produtores e disse:
"Neste momento não tenho interesse em ter filhos, não tenho vida para isso. No entanto, quando acabar os sete anos de série, terei 32. Idealmente, gostaria de ter filhos por volta dessa altura. Quando chegar essa fase, como é que lidarão com isso?" E eles disseram: "Quando engravidares escrevemos uma história que envolva isso ou filmamos só do peito para cima." Eles apoiam o lado pessoal dos atores, não lhes interessa ter atores infelizes.
Daniela Ruah
Natacha Brigham
– Sem dúvida! Sempre tive o desejo de me casar e ter filhos, só fui alterando as ideias sobre a cerimónia. Dantes queria casar-me de vestido branco, na sinagoga, perante toda a gente… Hoje já penso numa cerimónia mais simples e íntima, mas de vestido branco na mesma!
Desde miúda que ando a inventar vestidos de noiva. Não é uma obsessão, mas sou rapariga e é aquele sonho de assentar e de ter uma vida com o príncipe encantado. Um dia…
– Uma das suas imagens de marca são os seus longos cabelos castanhos. Não gostaria de se ver loira?
– Nunca fui loira, mas na novela Dei-te Quase Tudo tinha o cabelo num tom arruivado, uma coisa horrível, e a escolha foi minha, porque estava farta de ser morena. Depois arrependi-me. De vez em quando faço umas madeixas e pinto o cabelo, porque com o sol as raízes ficam mais escuras e as pontas mais claras, e na minha profissão não posso ter o cabelo com esse aspeto ‘surfista’. Mas com os produtos que uso consigo ter um cabelo forte e brilhante. Quando temos um "bad hair day" sentimo-nos horríveis.