D.R.
Fã de Roald Dahl, o famoso escritor britânico de livros infantis, Nuno Markl sempre quis escrever para crianças. No entanto, a história inicial de Sebastião Regressa a Casa não foi pensada para o público infantil, mas para um argumento ao jeito de Terry Gilliam, um dos fundadores dos Monty Python, cujos filmes são fantasias imaginativas. Escrito em verso e com ilustração de Patrícia Furtado, a sua história sobre D. Sebastião acabou por se transformar e destinar aos mais novos, pois Nuno Markl apercebeu-se do potencial de fábula infantil, com contornos “spielberguianos”. “Há uma espécie de fusão entre Os Lusíadas e E.T., por muito estranho que isso pareça!” – comentou o auto, acrescentado: “Como me afeiçoei a esta micro-epopeia, fiquei com vontade de apresentar uma espécie de ‘director’s cut’, uma versão mais pessoal da história, com mais ilustrações. Quando a editora Objectiva se interessou pelo projecto, pareceu-me que estava na altura de ressuscitar Sebastião com a ajuda da Patrícia Furtado, minha colaboradora nos livros da Caderneta de Cromos. Perante os primeiros esboços da Patrícia, percebi que Sebastião tinha ganho uma nova vida. Ao mesmo tempo, armado em George-Lucas-não-parando-de-remexer-no-Star-Wars, achei por bem rever alguns versos desta mini-epopeia até dar-me, finalmente, por satisfeito.” E assim surgiu esta história sobre D. Sebastião adaptada ao tempos actuais.
