Olá a todos os leitores da CARAS que me têm acompanhado nesta jornada. Na crónica de hoje vou relatar um pouco de como corre o dia-a-dia no Dakar. O bivouac é como que uma pequena cidade móvel que todos os dias é montada e desmontada nos locais de chegada de cada etapa. É uma logística enorme que a organização da prova tem que ter muito bem definida para que a vida dos pilotos seja facilitada ao máximo.
No bivouac do Dakar não nos falta nada. Temos restaurante, posto médico, balneários, zona de assistência, onde se fazem as reparações dos veículos e área para instalar tendas e autocaravanas.
Esta cidade do Dakar não dorme, qual Nova Iorque segundo Frank Sinatra. Ouvimos movimento aqui e ali. Há sempre concorrentes a chegar pela noite dentro e os mecânicos não podem descansar enquanto a revisão dos veículos não estiver devidamente feita. Este trabalho é crucial para que a etapa do dia seguinte corra de feição. Há todo um trabalho de equipa por trás de cada piloto que pode ser determinante para a classificação final.
Para a etapa de amanhã vamos ter na ementa areia, muita areia. Em Fiambala vamos atravessar longos cordões de dunas de areia branca que pode colocar em causa a participação de muitos pilotos menos experientes.
Um abraço
Hélder Rodrigues
Hélder Rodrigues terminou a etapa de hoje em 4.º lugar e continua na 3.ª posição da classificação geral.