Aterrei em Genebra pronto para quatro dias de condução
extreme e Snowboard. Peguei no Juke perto do aeroporto. Fiz os primeiros
100 quilómetros ao volante sozinho até Montreux. As condições atmosféricas eram
simplesmente diluvianas, chuva forte, visibilidade praticamente nula.
Ministério do Som
A versão MOS – Ministry Of Sound – está bem equipada. Todos os
modelos estão munidos de jantes específicas de 17 polegadas, espelhos
retrovisores exteriores de cor branca, além do logótipo especifico MOS. É uma
edição limitada a 75 unidades para a Suíça e 3.000 exemplares para a totalidade
do mercado Europeu.
O interior do Nissan Juke MOS diferencia-se por oferecer ligação
para o Ipod/Iphone que funciona como precioso aliado de som. Ao longo dos
quatro dias na Suíça alternei entre ouvir as estações de rádio locais, com
destaque para a NRJ, e ligar o meu smartphone e escutar a minha própria
playlist.
O “irmão” mais novo do Nissan Qashqai é confortável, o
único senão é a capacidade de carga reduzida da bagageira que não vai além dos
251 litros. Os lugares traseiros são ideias para transportar duas
pessoas. No caso do mercado europeu, a marca japonesa optou por
comercializar o Juke MOS com dois motores. O bloco 1.5 diesel de 110 CV e o
propulsor 1.6 a gasolina de 190 CV de potência. O Nissan Juke em Portugal está
à venda no total com 22 versões distintas.
Juke na neve
A estância de Loeche-Les-Bains, nos Alpes, é o destino previsto.
Estacionei em Leukerbad, no cantão Valais, com cerca de 1.500 habitantes que
triplicam durante os meses da temporada de Inverno.
O Juke revela-se um bom companheiro. A versão que conduzo possui
uma caixa automática Xtronic- M-CVT. O comportamento e dinâmica em autoestrada
são exemplares. Ao volante a posição de condução é elevada, os estofos em pele
contribuem para um conforto pouco habitual neste tipo de veículos. Alguns SUV’s
denotam alguma tendência para adornar, no caso do Juke a carroçaria compacta e
a aerodinâmica tornam as reações do carro muito previsíveis.
O motor 1.6 de quatro cilindros, a gasolina, com 190 CV de
potência, permite acelerações vigorosas (8,4 segundos dos 0-100 km/h), nunca
perdendo de vista o ponteiro da gasolina. A autonomia acabou por ser uma
agradável surpresa, de qualquer forma, nunca consegui baixar dos 7,8 litros de
média para percorrer 100 quilómetros. É importante referir que o depósito de
combustível deste crossover leva apenas 46 litros.
Na Suíça encontramos muitos radares e poucas portagens. O parque
automóvel é Premium. Sou ultrapassado por dois Porsche Panamera, três Mercedes
Classe E, BMW Série 5 da última geração, muitos monovolumes, e, muitos carros
com “apêndices” aerodinâmicos originais e jantes personalizadas.
O Nissan Juke MOS está munido do modo All Mode 4X4. Graças a
este sistema é possível repartir a tração entre o eixo dianteiro e traseiro –
na proporção 50/50 – e entre as duas rodas traseiras. Esta última função
denominada TVS “Torque Vectoring System” contribui em muito para evitar
situações de subviragem. Na neve a utilização destes sistemas
manifestou-se muito eficaz. Em particular a subir estradas de montanha com
condições de aderência reduzidas, em particular durante a noite quando as
temperaturas baixam para os 5 graus negativos. Consegui ir jantar fora a um
restaurante situado no alto da montanha de Leukerbad, numa estrada repleta de
gelo, com o sistema All Mode a colaborar. Neste caso, não senti necessidade de
colocar as correntes nas rodas. O truque é pisar o acelerador de forma progressiva,
evitar trajetórias “agressivas” e movimentos repentinos na direção. A
suspensão é firme e eficaz.
O Nissan Juke MOS portou-se bem, regressou a Genebra sem
qualquer problema mecânico ou mazela na chapa. A edição Ministry Of Sound
munida do motor 1.5 dCi de 110 CV está à venda em Portugal por 27.405 euros. No
caso do nosso país, não posso deixar de destacar a edição Kuro Special Edition
com o bloco 1.6i Turbo a gasolina e 190 CV que custa 25.956 euros.