A Mercedes CLS Shooting Brake é imponente, requintada, um verdadeiro luxo. A carrinha mede praticamente cinco metros, impõe respeito, é um automóvel que gosta de ter um parque de estacionamento exclusivo.
Viajei ao volante da carrinha CLS 350 BlueTEC para dois dias ao sabor da estrada com as belas planícies alentejanas no horizonte. A auto-estrada que faz a ligação do Lisboa a Évora – A6 – é uma maravilha, asfalto em bom estado, pouco trânsito. A silhueta da CLS é inconfundível. A maioria das pessoas com quem falei e questionei sobre o que achavam da Shooting Brake elogiou a aparência estética da carrinha. Este modelo tem como base o coupé de quatro portas CLS. O espaço e o conforto a bordo são referenciais. Distingue-se pelo formato da traseira, onde se encontra uma enorme quinta porta, que dá acesso a 590 litros (mais 70 litros que no CLS), que podem ascender aos 1550 litros caso os bancos traseiros sejam rebatidos.
A designação Shooting Brake surgiu nas décadas de 60/70, altura em que a Volvo lançou a carrinha 1800ES e a marca britânica Reliant o modelo Scimitar GTE . Os fabricantes de automóveis britânicos apostavam em conceber automóveis mais vocacionados para os tempos livres e atividades de lazer.
O interior da Shooting Brake é quase tudo idêntico ao que encontramos na berlina, sofisticado, respira-se qualidade, com um acabamento cuidado em todas as zonas do habitáculo. A bordo da carrinha CLS tudo acontece com o máximo de naturalidade. Encontrar a posição de condução ideal é fácil, tantas são possibilidades de regulação da posição dos bancos e do volante. O equipamento de segurança e conforto é completo e até podemos viajar e receber massagens ao mesmo tempo.
A verdade é que o tempo voa, já passaram 10 anos desde que a Mercedes introduziu no mercado o CLS. Em relação à mecânica, a gama, no caso da carrinha, é composta por cinco motorizações, duas a gasolina e três diesel.
A Shooting Brake que vê nas imagens é a unidade diesel com 258 CV de potência. A versão CLS 350 é uma verdadeira estradista. Uma carrinha segura, conseguimos desfrutar do prazer de conduzir em executiva e chegar ao destino com as costas em bom estado. O motor 3.0 litros tem um binário generoso de 620 NM (newton metros) às 1600 rotações. Nunca superei um consumo médio acima dos oito litros para percorrer 100 quilómetros. A caixa automática de nove velocidades contribui determinantemente para os consumos comedidos para uma carrinha que pesa duas toneladas e meia. O conforto a bordo é referencial, quatro adultos viajam em primeira classe. As boas acelerações e recuperações do motor V 6 Turbo permitem “ter no pé a tranquilidade” necessária para realizar uma ultrapassagem em segurança sempre que necessário. As acelerações dos 0 aos 100 km/h indicadas pela Mercedes indicam valores de 6,6 segundos para uma velocidade máxima de 245 km/h.
Preços:
CLS 250 BlueTEC Shooting Brake – 204CV diesel – 71.500,00 Euros
CLS 350 BlueTEC Shooting Brake – 258 CV diesel – 88.000,01 Euros
CLS 400 Shooting Brake – 333 CV – Gasolina sem chumbo – 88.650,00 Euros
CLS 350 BlueTEC 4MATIC Shooting Brake – 252 CV – diesel – 95.800,00 Euros
CLS 63 AMG S Shooting Brake – 585 CV – Gasolina sem chumbo – 183.200,00 Euros