Filho de professores e natural da Lousã, João Fernando Ramos, de 50 anos, começou por fazer rádio ainda na escola secundária. Antes de ingressar na RTP, há 25 anos, colaborou com a RDP – Centro e a Rádio Nova. Depois de um longo período como pivot do Jornal da Tarde e de ter feito reportagens em zonas de conflito como o Kosovo, o Iraque ou Timor, é atualmente editor de Informação da RTP e coordenador e apresentador do Jornal 2, na RTP2, que é líder de audiências no segmento de informação depois das 21h00.
Nos tempos livres, o jornalista revela-se como piloto: apaixonado por ralis, participa regularmente nas provas do World Rally Championship. E a próxima é já em outubro, na Catalunha. Pai orgulhoso de João Pedro, de 23 anos, e Diogo, de 19, nascidos do seu casamento com Irene Ramos, João Fernando Ramos tem ainda dois livros editados, O Último Dakar em África, onde, em parceria com Mário Ferreira, relata a sua vivência no mítico rali, e o romance histórico D. João I – O Pai da Ínclita Geração.
O CD: “Led Zeppelin: The Definitive Collection”
Os Led Zeppelin marcaram uma era e, embora tenham passado algumas décadas desde que surgiram, no final dos anos 60, a música continua super atual. Stairway to Heaven é uma referência na minha vida, e fico contente por ver que também o é para a geração do meu filho João. É uma peça que nunca será “velha”.
O FILME: “O Piano“
Gosto dos que não desistem, dos que se encantam e mantêm a capacidade de sonhar mesmo quando tudo lhes diz que o melhor seria mudar. Este filme da neozelandesa Jane Campion é assim.
O LIVRO: “Um Longo Caminho Para a Liberdade”
A autobiografia de Mandela é uma lição de vida, de diplomacia, de democracia. Deveria ser obrigatório todos os jovens lerem este livro, para perceberem que há uma bondade imensa no coração humano.
O CONCERTO: Rui Veloso
Em junho, na semana do São João, revi o Rui Veloso e foi um grande espetáculo. Na Avenida dos Aliados, e rodeado por milhares de pessoas, aquelas músicas fizeram-me viajar até aos dias em que vim para o Porto e me deliciei no Rivoli a ouvi-lo. O Rui continua em grande forma.
A VIAGEM: Do Porto a Paris
Fazer esta viagem de carro com a família e parar em todas as capelinhas é maravilhoso. Proporcionam-se momentos de partilha fabulosos e é grande a vontade de nos aventurarmos.
O FIM DE SEMANA: Lousã
É o destino perfeito para quem gosta de montanha e BTT. Tem rios fabulosos para um mergulho e o primeiro parque aquático da história.
O RESTAURANTE: O Burgo
Fica na Serra da Lousã e tem um menu perfeito, feito pela mão de uma bela cozinheira: a São. Recomendo o cozido serrano. Tel.: 239991162.
�o com o Fernando ganhou forma, os filhos dele começaram a pedir um irmão, e acho que a Benedita veio na altura certa, embora eu tenha sido mãe tarde, aos 41 anos”, esclarece Elsa.
Para Fernando Hipólito, que tem dois filhos mais velhos, nascidos do seu primeiro casamento, Teresa, de 19 anos, e José Maria, de 22, viver a paternidade novamente aos 40 foi uma experiência francamente diferente, mas igualmente feliz. “Com esta idade, não somos pais tão ansiosos. Tudo é feito com muita calma e muita paz. Tira-se mais partido do dia-a-dia, das manhãs, dos jantares… É muito diferente. Acho que a maior parte dos pais esquece-se de uma coisa – e eu sempre fui obcecado com isso, não sei bem porquê: sempre tentei dar a maior estrutura possível aos meus filhos, para o caso de algum dia me acontecesse alguma coisa que me impedisse de os apoiar. Quanto mais estruturadas as crianças forem, melhor ficam se acontecer alguma coisa. E acho que isso é muito importante. Além disso, não é muito comum ter uma filha com nove anos aos 50. E isso faz-nos sentir mais novos. A Benedita rejuvenesce-nos”, sublinha.
Apesar da diferença de idades entre irmãos, o casal diz que Benedita não sabe viver sem os irmãos mais velhos. E que o inverso também acontece. O que acaba por se notar na personalidade dela. “Eles têm uma relação fantástica, é muito bonito. E a Benedita, talvez por conviver com irmãos mais velhos, é uma miúda muito adulta. Nota-se pelas respostas que dá e pelas conversas que tem. Tem uma grande maturidade. E fica imensamente feliz quando estamos todos juntos. Há uns tempos, fomos jantar a um restaurante e ela começou a desenhar na toalha de papel e a escrever que a família só está completa quando estamos os cinco”, partilhou Elsa.
Feliz no papel de pai, Fernando Hipólito confessa, ainda assim, uma perplexidade: “Faz-me alguma confusão perceber que o tempo passa tão depressa. É que depois vejo bebés e só me apetece ter mais um [risos]. Ainda assim, não sou saudosista. Gosto muito de ver os meus filhos crescer e acho muito giro conseguir ter uma conversa com um filho já adulto. É super enriquecedor para nós enquanto pais.”